terça-feira, fevereiro 28, 2006

Resumo de Janeiro e Fevereiro de 2006

Este "post" faz o resumo da actividade do "blog" em Janeiro e Fevereiro de 2006.

Em termos de organização, o aspecto mais relevante foi a criação do Índice Temático. Através deste índice, é possível aceder directamente a qualquer "post" publicado no "blog", organizado pelo respectivo tema e não pela data em que foi publicado. Associada à criação do Índice foi feita uma nova classificação dos "posts", que passaram a estar divididos em 5 temas: Histórias do Meu Tempo de Colégio, Memórias do Baú, A Actualidade, O Futuro e O "Blog".

No tema Histórias do Meu Tempo de Colégio, há a destacar a finalização da série dedicada à L. A. C. - Liga Anti-Cavalo, a publicação da série As Medalhas Que Ninguém Ganhou e o início da série As Elites da Elite.

No tema Memórias do Baú, há a destacar a publicação de memórias sobre A "Noite dos Fantasmas", A Imposição das Graduações, A Abertura Solene, As Requisições, O "Enxoval", As Redacções e, sobretudo, a série dedicada às Frases Lapidares.

Se preferirem, podem iniciar a exploração pela página inicial.

Agradeço quaisquer comentários ou sugestões que queiram deixar.

segunda-feira, fevereiro 27, 2006

Memórias do Baú XXX - Frases Lapidares

Continuação de Memórias do Baú XXIX - Frases Lapidares.

No Colégio, Aprendemos a Ver Mais Longe (Parte II)


A proximidade das travessas (ver fotografia) garantia a sustentação do telhado mesmo sem algumas telhas, mas tornava mais difícil a remoção das telhas e a passagem para o exterior.

A saída para o telhado era feita pelo lado interior da camarata do 1º ano. Depois, uma vez no exterior, podíamos finalmente ver mais longe... Na altura, ainda não tinham sido construídos os balneários actualmente existentes entre as camaratas, pelo que era possível ter uma perspectiva mais vasta do Colégio.

A deslocação pelo telhado era sempre feita pelo lado interior, para limitar a possibilidade de sermos vistos a partir do exterior. Uma coisa era sermos apanhados pelos Oficiais ou "Vigilas", outra - grave! - era sermos vistos no telhado por pessoas estranhas ao Colégio.

Dizia-me há dias um camarada de aventura (com o qual concordo): "eu não tinha medo de ser apanhado, tinha era medo de cair dali abaixo!" De facto, isso justifica porque é que "rastejávamos" pelo telhado, em vez de andar ou gatinhar... Uma coisa é fazer umas acções fora do comum, para ter umas histórias "para contar aos netos", outra é correr riscos desnecessários, e nestas acções ninguém tinha vergonha de demonstrar apego à vida fazendo todos os movimentos com muito cuidado. O único risco que corríamos era mesmo o de sermos punidos, e nisso a sorte protegeu-nos.

Fotografados: 207/78, 357/77 e 401/77.

Continua em Memórias do Baú XXXI - Frases Lapidares.

sábado, fevereiro 25, 2006

Memórias do Baú XXIX - Frases Lapidares

Continuação de Memórias do Baú XXVIII - Frases Lapidares.

No Colégio, Aprendemos a Ver Mais Longe (Parte I)


Em primeiro lugar, havia que localizar o ponto de passagem para cima da placa. Ficava por cima das latrinas do 1º ano, ao fundo, do lado esquerdo: um buraco quadrado, com cerca de 40 cm de lado, com uma tampa de madeira pintada de branco, para ficar devidamente "camuflado".

O acesso à tampa não era fácil. Um aluno alto, em pé em cima das paredes das latrinas e com os braços esticados, ainda ficava quase a 1 metro da abertura, que nem sequer ficava directamente por cima de uma das paredes, mas mesmo por cima da latrina.

Já não me lembro como é que a abertura era acedida, mas terá certamente sido necessário algum objecto volumoso para servir de escadote: por exemplo, dois armários verdes empilhados lateralmente sobre as paredes das latrinas serviriam perfeitamente. Qualquer que fosse a solução, ela ficava montada durante a incursão até ao topo, dando a quem a visse a indicação clara de que havia gente lá em cima.

Uma vez acedida a tampa, esta era removida para cima, e os "exploradores" passavam um a um, levando pelo menos uma lanterna e o indispensável equipamento fotográfico.

O espaço entre a placa e o telhado era absolutamente normal, dando a ideia de uma construção de boa qualidade. Não havia qualquer vestígio da presença de alunos - números pintados ou marcados a canivete, etc. Não havia nada de interessante a fazer, a não ser ir até ao fundo das camaratas ("dica" para a "Noite dos Fantasmas" dos próximos anos: andar, saltar e arrastar correntes por cima da camarata do 1º ano deve dar um efeito fabuloso!).

Depois vinha a parte mais difícil: abrir um espaço no telhado que desse para passar, sem partir telhas, e que fosse possível voltar a fechar outra vez...

Fotografados: 207/78 e 357/77.

Continua em Memórias do Baú XXX - Frases Lapidares.

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

As Medalhas Que Ninguém Ganhou (Conclusão)

Continuação de As Medalhas Que Ninguém Ganhou (Parte III).

Nos "posts" anteriores desta série foram apresentadas as 3 medalhas que ninguém do curso de 1977/85 ganhou (também ninguém ganhou as Medalhas de Ouro de Aptidão Militar e Física nos 3º e 7º anos, mas isto é apenas "uma questão de cor").

Esta (inútil mas, por enquanto, ainda não doentia) obsessão por medalhas continuará brevemente na série As Medalhas Que Alguém Ganhou, com estatísticas globais para o curso.

Frases Lapidares (Actualização)

Devido à sua complexidade, o tema No Colégio, Aprendemos a Ver Mais Longe será dividido em três partes, em vez das duas inicialmente previstas.

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Memórias do Baú XXVIII - Frases Lapidares

Continuação de Memórias do Baú XXVII - Frases Lapidares.

No Colégio, Traçamos o Nosso Destino

Onde é que vamos esta noite?

À rouparia? À Secretaria? Ao gabinete do Adjunto? À arrecadação dos serventes? Ou vamos ficar aqui, no gabinete do Comandante de Companhia?

Todas as noites traçávamos o nosso destino, partindo das opções que nos eram dadas pelo chaveiro da sala do Comandante de Companhia.

Umas vezes, era uma simples viagem à rouparia, para ir buscar roupa lavada; as roupeiras deviam achar estranho que alguns graduados nunca lhes pedissem roupa, mas a roupa lavada ia desaparecendo da prateleira respectiva, enquanto que a roupa suja ia aparecendo no "carrinho". Outras vezes, ficávamos simplesmente no gabinete do Comandante de Companhia, "entretidos" a ler informação reservada.

De vez em quando, um sobressalto. "Chiu! Um barulho! Será um 'vigilas'?"

O gabinete do Comandante de Companhia tinha uma casa de banho, e o nosso receio era que algum 'vigilas' da 1ª a quisesse usar, ou então que algum 'vigilas' tivesse visto a luz das lanternas através do vidro martelado da porta.

Ficávamos imóveis na escuridão, à espera, olhando através do vidro. Alguém se encostava à porta... toc, toc, toc... ok, era só mais um graduado que queria entrar para a "Sala de Leitura"...

Continua em Memórias do Baú XXIX - Frases Lapidares.

terça-feira, fevereiro 21, 2006

Memórias do Baú XXVII - Frases Lapidares

Continuação de Memórias do Baú XXVI - Frases Lapidares.

A "Chama" Que "Arde" em Cada "Menino da Luz" (Parte II)


Uma das formas mais interessantes de "extintorar" camaradas era... nas latrinas.

As portas das latrinas do Corpo de Alunos fechavam-se, mas não se trancavam. Assim, quando algum graduado era observado a dirigir-se às latrinas, rapidamente se colocava em marcha o "dispositivo de ataque".

Em primeiro lugar, era preciso dar algum tempo. Pelo menos o tempo necessário para que levantar-se e tentar responder ao ataque não fosse uma opção para o "alvo" (já que fugir era completamente impossível). Em seguida, o grupo atacante, geralmente formado por dois elementos, dirigia-se silenciosamente para as latrinas, carregando consigo o extintor. Uma vez localizada a latrina ocupada pelo "alvo", assumiam-se as posições de ataque.

O 1º elemento carregava o extintor e colocava-se em frente à zona para a qual a porta abriria, pronto a "disparar". A missão do 2º elemento era a de rodar a maçaneta e abrir a porta o mais depressa possível, mantendo-se sempre fora do ângulo de ataque.

Após um sinal visual de "pronto!", o 2º elemento abria a porta com rapidez e o 1º elemento "disparava" após uma fracção de segundo, logo que o ângulo de abertura permitia a passagem do jacto de pó.

O resultado era indescritível: o "alvo", muitas vezes distraído a ler, reagia por instinto tentando proteger a cara, e ficava todo coberto de pó químico, restando-lhe apenas, uma vez recuperado do susto, a opção de insultar os agressores, já que persegui-los não era uma opção...

Fotografados: 207/78 e 439/76.

Continua em Memórias do Baú XXVIII - Frases Lapidares.

domingo, fevereiro 19, 2006

Memórias do Baú XXVI - Frases Lapidares

Continuação de Frases Lapidares (Introdução).

A "Chama" Que "Arde" em Cada "Menino da Luz" (Parte I)


Ainda bem que havia extintores nas camaratas.

É que às vezes, após um Zacatraz, um olhar de relance para a cúpula, ou a prática de um acto de sã camaradagem, a "chama" de "Menino da Luz" que "arde" em nós atingia uma tal intensidade, que só uma boa dose de pó químico a permitia controlar.

Se era tóxico? O rótulo dizia que sim, mas aprendemos no Colégio a não impor nem aceitar rótulos. Só havia uma forma de o saber: tal como Pasteur se injectou com uma Penadur para ver se fazia algum efeito (para além de ficar uns dias sem conseguir andar), também nós percebemos que a única forma de saber se o pó químico era tóxico era experimentando-o em nós próprios. Se era tóxico, pelo menos não parecia.

Tudo começou com uma dúvida legítima: um dos graduados reparou que o selo de segurança do extintor da camarata estava partido. Será que o extintor estava com carga? Será que estava vazio, e que só o descobriríamos numa situação de emergência? O extintor era pesado, mas assumimos que a maior parte do peso viria do invólucro e não da carga, pelo que um extintor vazio também seria pesado.

A única forma de descobrir se o extintor tinha carga era fazer um teste. Retirámos o extintor do suporte, apontámos para uma das zonas de lavatórios à porta da camarata e “apertámos o gatilho”. Vooooooossssssssssssshhhhhhhhh! Saiu uma nuvem branca, acompanhada por um dos sons mais fantásticos que alguma vez ouvi, e de que ainda hoje me recordo. No chão ficou apenas uma camada fina de pó branco, que não deu praticamente trabalho nenhum a disfarçar.

Olhámos uns para os outros com satisfação, e não tardou que estivéssemos a fazer mais experiências, e que começássemos a fazer pontaria uns aos outros, primeiro às pernas, e depois, uma vez verificado que o pó não estragava a farda nem parecia afectar-nos, “levantando a mira”...

Passámos a surpreender-nos uns aos outros nas situações mais diversas, fazendo aproximações “furtivas”, para depois fazer “saltar” a “vítima” com o “rugido” do extintor e o envolvimento pela nuvem branca.

A carga do extintor durou poucas semanas. Esta situação acabou por ter uma virtude: passámos de uma dúvida – o extintor teria carga? – a uma certeza – o extintor não tinha carga!

Quando a outra camarata soube das nossas experiências, o selo de segurança do extintor deles também “apareceu” partido, e a carga do extintor durou dois dias. Corriam atrás uns dos outros de extintor na mão, e só paravam quando a “vítima” era “encurralada” e devidamente coberta de pó químico.

Irresponsabilidade? Seguramente. Mas a "chama" de adolescentes que "ardia" em nós levava-nos a fazer disparates destes... Não recordo isto como um “troféu” do passado, mas simplesmente como uma história curiosa, que felizmente não teve consequências. Como atenuante, posso apenas referir que tivemos sempre o cuidado de nunca usar o extintor à frente dos alunos mais novos.

Fotografados: 439/76 e 357/77.

Continua em Memórias do Baú XXVII - Frases Lapidares.

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

As Medalhas Que Ninguém Ganhou (Parte III)

Continuação de As Medalhas Que Ninguém Ganhou (Parte II).


Medalha do Fundador do Colégio Militar (7º e 8º Anos)

De acordo com o folheto habitualmente distribuído aos convidados na cerimónia da Abertura Solene, esta medalha visava "distinguir alunos dos dois últimos anos do Curso do Colégio Militar que, pela conduta mantida ao longo da sua permanência no Colégio, maiores garantias ofereçam de no futuro, pelo seu exemplo, poderem dar testemunho do espírito e missão educativa do Colégio Militar".


O texto fazia ainda referência à necessidade de demonstração clara de alinhamento com os "princípios educativos da Instituição, a saber: sentido das responsabilidades, lealdade, camaradagem, brio e dedicação no cumprimento dos seus deveres, bondade desinteressada e respeito pelo próximo".

Tratava-se, assim, de uma análise subjectiva feita por Oficiais e Professores, e visava todo o período de permanência no Colégio.

Sendo uma análise subjectiva, a não atribuição desta medalha a qualquer elemento do meu curso não tem uma explicação próxima e racional como a das restantes medalhas que analisei.

Ninguém ganhou esta medalha porque ninguém foi considerado merecedor; resta-nos apenas respeitar a avaliação feita por quem tinha competência para decidir.

Ou então, seguir as instruções... ;-)

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Memórias do Baú XXV - As Redacções


Autor: 140/84.

O Santos (207/78) era o 3 estrelas (***) da 1ª em 1984/85.

Dele os "ratas" podiam esperar a aplicação da velha máxima militar "serviço é serviço, conhaque é conhaque", ou seja, boa disposição e brincadeiras na camarata, mas pouco paternalismo e pouca paciência para aturar "malandros" depois de tocar a formar.

O seu sentido de justiça era irrepreensível, o que lhe valeu o respeito por parte dos "ratas".

Cumpriu a sua missão e partiu para a missão seguinte, não voltando a ser muito "assíduo" para os lados da Luz. Ainda hoje é vulgar os camaradas do curso de 84 que eu encontro perguntarem-me pelo Santos: "O que é que é feito do Santos? Nunca mais vi o Santos..."

Talvez o próximo dia 5 de Março acorde enevoado...

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terça-feira, fevereiro 14, 2006

Frases Lapidares (Introdução)

Com 3 meses de trabalho e mais de 50 "posts", quando comparo o meu modesto "blog" com outros em que cada "post" é, pelo seu fervor colegial, digno de figurar numa placa nos Claustros, sinto falta de abordar temas mais "nobres".

Por isso, fui ao "baú" à procura de memórias com um elevado grau de simbolismo, às quais associei frases lapidares sobre o Colégio.

Assim, associando-me à comemoração dos 203 anos do Colégio, interromperei a habitual programação do "blog" para publicar esta série.

São os seguintes os temas que irão ser desenvolvidos:

Tema I - A "Chama" Que "Arde" em Cada "Menino da Luz" (Partes I e II)

Tema II - No Colégio, Traçamos o Nosso Destino

Tema III - No Colégio, Aprendemos a Ver Mais Longe (Partes I e II)

Continua em Memórias do Baú XXVI - Frases Lapidares.

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Memórias do Baú XXIV - A Abertura Solene

O momento em que o Comandante de Batalhão abraçava o "Batalhãozinho" era o ponto alto da cerimónia da Abertura Solene.

Caso houvesse apenas espaço para uma fotografia para documentar ou noticiar a cerimónia, essa fotografia era a do abraço entre os dois, porque representava melhor do que qualquer outra o acolhimento dos novos alunos internos no seio do Batalhão Colegial, transmitindo às famílias a segurança de que estes seriam tratados como se estivessem em casa, funcionando os Graduados como o apoio até agora proporcionado pela família.

Precisamente por isso, essa imagem devia ser cuidadosamente preparada e ensaiada, por forma a assegurar que um momento único não escapava à objectiva do fotógrafo, sem que fosse preciso que os dois "actores" estivessem a "posar" até que o fotógrafo confirmasse ter obtido uma imagem satisfatória.

No entanto, nesse momento, tal como em todos os outros, os alunos assumiam como garantida a omnipresença do Sr. Delgado, que estaria sempre em todo o lado a apanhar todas as cenas de todos os ângulos possíveis. Infelizmente isso não correspondia à realidade, e assim ficámos com uma visão da nuca "à máquina 4" do "Batalhãozinho" (288/84) e com o perfil (já meio de traseira) do Comandante de Batalhão (376/77).

Recuemos 7 anos, até à Abertura Solene de 1977/78 (voltaremos a esta fotografia mais tarde, quando explorarmos outras zonas do "baú").

Aqui sim, uma fotografia exemplar.

O enquadramento é perfeito, com os dois alunos a "encher" a fotografia. O ângulo entre os dois é perfeito, e apanha o lado que mais favorece o Comandante de Batalhão (69/71), com as medalhas e a espada. E até o "Batalhãozinho" (475/77) esboça um sorriso de criança confiante no futuro. Afinal de contas, pertencia aos "ratas" de 1977... ;-)

Imprimam e emoldurem.

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domingo, fevereiro 12, 2006

De Que Ano É Este Colégio? (Desafio)


Esta fotografia aérea foi retirada da "História do Colégio Militar", Volume II.

Em que ano foi tirada? Respondam (e justifiquem) sff nos comentários.

Nota: eu não sei a resposta correcta. Também vou tentar deduzir, exclusivamente com base na informação dada pela fotografia.

Continua em De Que Ano É Este Colégio? (Parte II).

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

L. A. C. - Liga Anti-Cavalo (Parte V)

Continuação de L. A. C. - Liga Anti-Cavalo (Parte IV).

O artigo que reproduzo foi publicado no "Jornal do Colégio Militar" nº 145, de Dezembro de 1984, e visava suscitar a discussão sobre um tema importante e polémico: a obrigatoriedade das aulas de equitação no Colégio.

Antes que algum anónimo mais mal intencionado me pergunte se o autor do artigo era membro da L. A. C., adianto desde já que não revelarei tal informação. Os arquivos da L. A. C. são mais secretos do que os da P. I. D. E., e não quero destruir a honorabilidade de um cidadão com revelações desta natureza. Apenas posso adiantar que o autor participou (e, se bem me lembro, venceu!) no "Jogo do Pato" de 1984/85, coisa que nem me passou pela cabeça fazer, devido à dificuldade que teria em calcular qual era a quantidade de água-pé a partir da qual eu teria vontade de subir para cima do cavalo, mas que não fosse ainda suficiente para me fazer sair de imediato pelo outro lado.

Fica aqui a homenagem a um camarada com o qual partilhei 8 anos de Colégio, a 1ª Companhia enquanto graduado, e algumas ideias sobre os equídeos (embora o sigilo me impeça de desenvolver este tema).

Continua em L. A. C. - Liga Anti-Cavalo (Edição Especial).

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Memórias do Baú XXIII - O "Enxoval" (Parte III)

Continuação de Memórias do Baú XVII - O "Enxoval" (Parte II).

Os artigos de higiene colegiais eram relativamente "banais", em plástico rígido de cores vivas, do género que se podia comprar em qualquer mercearia de província.

Era na secção de "Objectos Diversos" que se encontravam algumas das "preciosidades" do "enxoval".

Em primeiro lugar, aparece o "Bilhete de Identidade". Sendo um banal pedaço de papel com uma fotografia, era interessante que tivesse "honras de enxoval". Talvez fosse pelo facto de ser plastificado, processo que para a altura devia implicar custos de produção fora do normal.

Em seguida temos o "Cinto (Modelo C. M.)", verdadeiro ícone colegial, cuja cor era sinónimo de veterania. No último ano, cheguei a andar com o cinto ligeiramente apertado, apesar de estar no máximo da extensão, só para não ter que comprar um novo, o que me colocaria numa posição muito delicada na "escala cromática" colegial. Desde que saí, nunca mais o consegui usar, mas é dos objectos que guardei sempre comigo.


O "Pequeno Equipamento"(*) era um verdadeiro "salva-vidas". Com as "molhadas" dos intervalos, havia sempre uma mola do blusão a soltar-se, umas calças a descoserem-se, um botão do capote a cair, etc. Antes do almoço ou do jantar, havia sempre tempo para dar uns pontos, e assim evitar "encontros imediatos" com os graduados.


A "Tala para limpeza de botões" era outra "preciosidade" colegial. Ao princípio, quando a tala era nova e os botões estavam "cosidos de fresco", o processo de os enfiar na tala podia ser moroso; no entanto, com o passar do tempo, os fios dos botões iam cedendo e a tala ia ficando "encerada" com o Duraglit, fazendo com que o processo de limpeza fosse muito mais rápido. Uma das coisas agradáveis que recordo é a fabulosa tala metálica do Sr. Ralo, onde ele num ápice enfiava várias fardas e lhes limpava os botões, ganhando assim uns "trocos" que muito jeito davam para o seu orçamento familiar.

Continua em Memórias do Baú XXXVII - O "Enxoval" (Parte IV).

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(*) Para acederes a um "post" interessante do "blog" do 15/75 sobre o "Pequeno Equipamento", clica aqui.

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Memórias do Baú XXII - A Abertura Solene


Perante o olhar embevecido dos pais e mães, os "ratas" de 1984/85 entravam pela primeira vez nos Claustros como alunos do Colégio Militar.

Na primeira fila ia o "Migalha" (288) que, por ser o "Batalhãozinho", tinha tido uma sessão especial de Instrução Militar, demonstrando por isso um ar mais desenvolto a marchar. Os outros elementos da 1ª fila, o 120 e o 127, demonstravam já a "falta-de-jeito" pela qual seriam conhecidos durante o resto do ano lectivo (e talvez mais além...). ;-)

São visíveis também nas fotografias (se a memória não me falha): 435, 243, 433, 383, 250, 179, 403, 128, 105, 30, 420, 486, 102, 234, 58, 498, etc...


Quanto aos graduados, há a destacar na fotografia de cima o Óscar (481/77), com o seu ar "marcial", a "olhar o infinito", como mandam as regras... ;-)

Para acederes ao "post" seguinte sobre a Abertura Solene, clica aqui.

sábado, fevereiro 04, 2006

Apresentação do Índice Temático

Encontrar um "post" específico num "blog" pode ser uma "dor". Por isso, criei um índice temático, que estará sempre disponível na caixa do lado direito, e que permite aceder directamente a cada “post”.

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

O "Shôr Aluno"

Uma das coisas que me marcou, quando entrei no Colégio, foi o respeito com que era tratado pelos empregados.

Lá fora, eu era a criança, o "miúdo", o "puto", mas no Colégio eu era o "Shôr Aluno".

Para os serventes do refeitório, da Companhia ou do geral das aulas, para os vigilantes, para as roupeiras, etc, todos os alunos eram especiais e tratados com respeito, mesmo que tivessem 10 anos e a lágrima ao canto do olho devido às saudades de casa.

Mesmo quando os empregados eram tratados por "tu" e colocados "à vontade", do outro lado a reacção era de satisfação pela confiança dada, mas o tratamento nunca descia do respeitoso "Shôr Aluno":

"Ó Marinho, chega aqui!"... "Diga, 'Shôr Aluno'!";

"Ó Oliveira, se não trazes já a repetição, parto-te a mota!..."... "O 'Shôr Aluno' não me fazia uma coisa dessas...".

Com os empregados do Colégio aprendi que se pode servir sem ser subserviente, e que se pode dar confiança a quem nos serve sem que isso implique uma perda de respeito.

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

Memórias do Baú XXI - As Requisições


A cor e o tamanho!?

Aqui está um aluno que, apesar de ter apenas 10 anos de idade, sabe o que quer!

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