domingo, outubro 29, 2006

Os Cyber-Graduados (Parte III)

Preâmbulo para os Visitantes Regulares do "Blog"

Os visitantes regulares devem estar a pensar "não me lembro de ter visto as Partes I e II deste tema, como é que surge agora a Parte III?".

De facto, essas partes foram publicadas, mas não as identifiquei como tal, ou seja, embora o conteúdo estivesse alinhado dentro do tema, os títulos eram enganadores.

Considerem, então, os seguintes links para as partes anteriores: Os Cyber-Graduados (Parte I) e Os Cyber-Graduados (Parte II).

Feito este esclarecimento, quase não valia a pena escrever a Parte III, por se tornar demasiado óbvia. Ainda assim, optei por escrevê-la. Peço então a vossa atenção para...

O "Post" Propriamente Dito

O ano de graduado pode ser um ano espectacular, no qual se estabelece um conjunto de ligações aos "putos", que oscilam entre a amizade e a admiração (por parte deles, claro).

Acabado o ano, custa perder a ligação. Há a sensação de que podemos continuar a ajudá-los, mas também a sensação de que precisamos deles, em especial num ano em que todas as nossas referências mudam.

Tal como referi no "post" anterior desta série, antigamente era quase impossível manter a ligação. Não havia telemóveis, não havia e-mail e o Colégio dificultava ao máximo a vida aos ex-alunos. Mas hoje as coisas são diferentes: a Internet traz um potencial enorme de comunicação, e é assim possível manter o contacto com os antigos comandados.

E é aqui que as coisas se complicam. A manutenção do contacto pode levar, ainda que involuntariamente, à manutenção de uma influência que colide com a esfera de actuação dos actuais graduados. Em alguns casos, há mesmo ingerência ou críticas ao trabalho dos actuais graduados, levando a acções de "retaliação" (os graduados actuais desvalorizam o papel dos antigos) e a um ambiente desagradável.

Os Cyber-Graduados. Mais uma realidade a que o Colégio terá que se adaptar...

quarta-feira, outubro 25, 2006

Memórias do Baú LXIX - O "Cadastro" (Parte I)

A Identificação

A secção inicial do "cadastro" era a da identificação. Nesta, para além do nome completo, do número, da data de nascimento, da fotografia e da naturalidade do aluno, havia informação sobre o Pai, a Mãe e o Encarregado de Educação.


A informação sobre o nome e a profissão do pai era essencial. Afinal de contas, podia ser o "catalisador" para passar do modo "vou esganar aquele palhaço!" para o modo "lá vou ter que advertir outra vez o filho do Coronel Não-Sei-Quantos", muito mais pedagógico.

Quanto à informação sobre a mãe, há um dado curioso... tinha a data de nascimento (certamente para ver se ainda "marchava"), mas não tinha a profissão. Obviamente que era doméstica. (E se fosse professora primária?)

O "cadastro" actual terá certamente muito mais informações sobre a mãe, nomeadamente o estado civil e o nº do telemóvel, para que o Comandante de Companhia possa ligar às mães divorciadas para fazer relatórios sobre a adaptação dos "ratas"... ;-)

Continua em Memórias do Baú LXXII - O "Cadastro" (Parte II).

sábado, outubro 21, 2006

"Área Reservada"

A adolescência traz geralmente consigo a necessidade de testarmos os nossos limites e/ou impressionarmos os outros, o que implica quebrar regras e correr riscos desnecessários.

No Colégio, esta característica era exercitada através de um conjunto de actividades "piratas", tais como "cavanços" (muitas vezes só "porque sim") e passeios diurnos ou nocturnos a locais onde a presença de alunos não era autorizada ("Áreas Reservadas").

Cada aluno tinha o seu "perfil de risco", ou seja, uma tipificação das actividades não autorizadas cujo risco estava disposto a suportar.

Nível Zero - os alunos deste nível não estavam dispostos a correr qualquer risco. Havia sempre uma dor de barriga que os impedia, à última hora, de se juntarem ao resto do grupo...

Nível Baixo - os alunos deste nível estavam dispostos a correr riscos que representassem punições até 10 pontos. Dava para levar um olhar "de través" por parte do pai, mas provavelmente ainda dava para ter "Bom" em comportamento.

Nível Médio - os alunos deste nível estavam dispostos a correr riscos que podiam chegar ao "Suficiente" em comportamento, com a consequente perda das medalhas (se fossem candidatos).

Nível Elevado - os alunos deste nível estavam dispostos a correr riscos que podiam chegar ao convite para sair ou à expulsão.

Havia factores que permitiam reduzir o nível de risco, nomeadamente:

1) Ser filho ou neto de Alguém, ou estar acompanhado pelo filho ou neto de Alguém;

2) Ter o "cadastro" mais "brilhante" do que o chão encerado do Paço Ducal de Vila Viçosa (no qual eu me "espalhei" numa visita de estudo no 2º ano, tendo partido a minha máquina fotográfica);

3) Escolher adequadamente a data e a hora para a transgressão, em vez de a fazer "por impulso".

O nível de risco que eu assumia era, na generalidade, baixo. Sempre quis ser tratado como um "homenzinho" pela minha família, e isso implicava apresentar um comportamento responsável e tentar aparecer todos os anos em casa com mais uma medalha. Nas poucas ocasiões em que assumia mais riscos, tomava geralmente algumas medidas associadas ao factor 3 acima indicado, de forma a minimizar a possibilidade de desfechos "dramáticos".

O meu acto mais arriscado no Colégio terá possivelmente sido a "reportagem fotográfica" no telhado (publicada nas Memórias do Baú nºs XXIX, XXX e XXXI). É pouco, eu sei, mas foi o que se arranjou... ;-)

quinta-feira, outubro 19, 2006

Os Alunos Fazem o Colégio

Este texto foi publicado pelo Jags como comentário num canto obscuro deste "blog" (No Divã da "Enferma": O Botão Encarnado). Como nem todos os visitantes têm paciência para explorar os cantos do "blog", e muito menos os obscuros, achei por bem puxá-lo para a luz, com a devida vénia.

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Na reunião dos 25 anos de entrada do Curso de 1977/85, em 2003, houve um breefing no Auditório, em que foi visionado um CD relembrando fotograficamente muitos e variados momentos do Curso, e também foi visionado em vídeo, uma intervenção de uma Sra. Deputada do PP na Assembleia da Republica, (que me perdoe por já não me lembrar do seu nome), evocativa da Comemoração dos 200 anos da Fundação do Colégio Militar.

Nessa intervenção, a Sra. Deputada - por sinal, mãe de dois alunos do CM - referiu a dado passo que o Colégio é auto-regulador e auto-regulado.

Ou seja, possui e possuirá sempre, as ferramentas humanas e de qualquer outro âmbito, necessárias e suficientes, para se auto-equilibrar, auto-preservar, auto-modernizar.

Essas ferramentas éramos nós, eram os camaradas que nos antecederam, são os camaradas que actualmente cumprem o seu tempo e marcham pelo Colégio.

... e serão inevitavelmente os futuros camaradas que tenham a coragem de querer pertencer ao Colégio - porque é tanga, aquela velha história de “o meu pai obrigou-me a vir para o Colégio”; só entrou e entra, quem quis ou quer - optimisticamente sentindo que serão bastantes em tempos vindouros, após o Colégio conseguir atingir um novo equilíbrio e posicionamento na Sociedade e Cultura Portuguesas.

Os alunos fazem, sem dúvida, o Colégio.

Chegou-se a ouvir dizer: “Os graduados fazem o Colégio.”

Talvez seja mais avisado considerar que TODOS os alunos - e não só os graduados - caracterizam num dado momento, e moldam e transformam o Colégio.

Bons, maus, fortes, fracos, básicos, sofisticados, cosmopolitas, provincianos, castiços, fleumáticos, ecléticos, desportivos, redondos, quadrados, brancos, pretos, activos, pró-activos, todos por um... sentimento comum.

O de, por um breve período da sua vida, ainda que talvez o mais importante na formação de um carácter, pertencerem a uma comunidade de irmãos, uma élite e uma mole humana, ligados pela necessidade, pela amizade, pela proximidade, pelo exemplo, pela honra, pela defesa de valores e pelo inevitável, e muitas vezes tortuoso, processo de crescimento.

Por outro lado, os irmãos, por mais próximos que sejam, também se batem, sofrem, se odeiam por vezes, discutem, discordam, debatem, competem....é o carácter dualista das relações fortes.

Quem lê diários, Calixtos, livros, sebentas, ordens de serviço, até os gatafunhos das portas das casas de banho, e outros documentos, sobre a vida colegial em meados do Século XIX, no início do Século XX, nas décadas de 1940-60, nas décadas de 1970-90 e na actualidade, encontra sem margem para dúvidas, realidades completamente diferentes.

No entanto, realidades ligadas por um conjunto de valores comuns, pelo menos a partir de um dado período (início do Século XX) em que o Colégio Militar revelava já alguma maturidade e estabilidade, como instituição.

Mas foram os Alunos que, pouco a pouco, foram gerando esse conjunto de valores. Com as boas e más experiências que acumulavam durante os períodos em viviam, o, e no Colégio. Porque se vivia o Colégio, e no Colégio.

Quando alguém de fora perguntava: De onde é que tu és? Onde é que vives? A primeira reacção instintiva seria dizer: Lisboa, Largo da Luz. Mas depois, racionalmente, verbalmente, corrigia-se para a morada de família.

Não confundir valores, com tradições.

Há boas e há más tradições no Colégio, e isto tem de ser dito, como as há no universo universitário, no mundo empresarial, no seio da Cultura e da Família, portuguesas - como células que são, da Sociedade.

Os valores do Colégio Militar são reconhecidamente válidos em todo o Mundo, de tal forma que muitas outras instituições de Educação Militar e Internatos não-Militares, em Portugal, e pelo Mundo fora, fundadas à posteriori do CM, adoptaram grande parte dos princípios, valores e apanágios que o caracterizam. Foi um "plágio" positivo. Que só nos deve merecer motivo de orgulho.

As tradições, nem todas são positivas, como aliás é de compreender. São de respeitar, até certo ponto, desde que não retirem ou depreciem a dignidade de quem as cumpra, ou seja por elas afectado.

Não confundir, por seu lado, tradições, com práticas.

A contribuição da Tradição e os valores, são como que, a Estratégia.

As práticas, são a Táctica.

Ora o Colégio assistiu a muitas adaptações filosóficas e não filosóficas, da teoria da Táctica - ou seja da aplicação prática dos valores de vivência em colectivo, educação, disciplina, espírito de corpo, camaradagem, patriotismo e cidadania.

Uma boas, outras aceitáveis, outras más, e outras deploráveis.

Julgo que ficou suficientemente ilustrado os resultados de más práticas - más Tácticas - afinal de contas, até porque na maioria das vezes, os resultados das mesmas, eram nulos ou quase nulos.

É esse o objectivo e o interesse de as expor. As boas e as más.

Porquê só as boas? Por acaso o mundo, cá fora, é um mar de rosas? Não, longe disso.

Mesmo que se conseguisse criar um Colégio utopicamente perfeito em termos de educação e práticas, será que isso, por si só, prepararia convenientemente um adolescente para entrar no mundo real, no maquiavélico mercado empresarial, na selva universitária, ao chegar aos 18 anos ao pára-raios da Cúpula e começar a “ver por cima do muro”?

Acordar consciências, relembrar esquecimentos, orientar agentes decisores, encorajar vocações, novas formas de servir, e, de dialogar.

Registe-se.

terça-feira, outubro 17, 2006

Memórias do Baú LXVIII - "3 de Março" - 1985


Ensaio geral.

Tudo planeado ao detalhe, incluindo a utilização de luvas castanhas para treinar a perda de sensibilidade característica da utilização das luvas brancas da farda de gala.

Os pelotões eram refeitos, privilegiando a correcta ordenação das alturas face às rotinas estabelecidas nos alinhamentos. Uma opção questionável, mas que todos os anos cumpríamos sem questionar.

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sexta-feira, outubro 13, 2006

Que Pesos, Que Medidas?

Imaginem que estamos no 1º mês de um qualquer ano lectivo, com um Comandante de Companhia (Oficial) novo, e que um aluno chega dez minutos atrasado a uma aula.

Como é que o Comandante de Companhia se decide quanto à punição a aplicar, dentro do largo espectro que vai da repreensão verbal aos 25 pontos negativos (posteriormente agravados pelo Comandante do Corpo de Alunos)?

Como é que o Comandante de Companhia percebe se está perante um aluno exemplar que teve um deslize, provavelmente motivado por uma queda de granizo com pedaços de gelo do tamanho de bolas de ténis, ou perante um agente subversivo que esperou propositadamente que o tempo passasse, e que deve ser exemplarmente punido?

Apresento-vos o "cadastro" - um processo confidencial, que acompanha cada aluno ao longo da sua vida colegial, e que contém toda a informação relevante: identificação, filiação, problemas de saúde crónicos, comportamento, referências elogiosas, punições, presenças no Quadro de Honra, medalhas, etc.

Graças ao "cadastro", a Justiça colegial não tem apenas dois pesos e duas medidas, como qualquer Justiça "normal", mas sim um peso e uma medida para cada aluno, contribuindo para um ambiente verdadeiramente personalizado.

Assim, um processo que poderia injustamente terminar de forma dramática, pode acabar simplesmente com um "e manda um abraço ao teu pai da minha parte", enquanto que um processo que se poderia ficar pelos 4 pontos negativos acaba com o justo agravamento pelo Comandante do Corpo de Alunos e, quem sabe, pelo Sub-Director...

terça-feira, outubro 10, 2006

Memórias do Baú LXVII - As Redacções


Autor: 360/84.

Uma opinião "isenta" de um "rata" do meu pelotão... ;-)

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sábado, outubro 07, 2006

Memórias do Baú LXVI - "3 de Março" - 1985


- "UM 'hip' DOIS 'hip' TRÊS 'hip' QUATRO" - gritavam os alunos em uníssono, marcando os tempos correspondentes às diferentes posições no manejo de arma.

A repetição exaustiva dos movimentos, primeiro com uma contagem em voz alta sem arma, depois com uma contagem em voz alta com arma e, finalmente, com uma contagem "para dentro" com arma, contribuíam para um resultado perfeito: num Batalhão com cerca de 500 alunos, não havia uma única arma fora do sincronismo desejado, nem sequer nos movimentos mais complexos.

Os movimentos eram pacientemente decompostos em cada uma das suas posições, nas quais se faziam paragens, por vezes prolongadas, para vincar o braço paralelo ao chão, o cotovelo a 90º, a necessidade de não deixar a coronha da arma bater no chão, etc.

Havia também que treinar os músculos para o esforço que representava estar largos minutos em "apresentar arma". Por exemplo, na cerimónia de Imposição da Ordem do Rio Branco (Brasil), no "3 de Março" de 1982, foram tocados em sequência os Hinos de Portugal e do Brasil (e se o Hino do Brasil é grande...), e depois dos Hinos, foi necessário ter energia para voltar ao "ombro arma" marcando bem o primeiro movimento, no que constituía provavelmente a transição mais difícil de todo o manejo de arma, especialmente com a Mauser, à qual era necessário fazer uma rotação de 180º, levantando o braço direito de uma posição esticada para baixo e em esforço, para uma posição à altura dos olhos e paralela ao chão. Só de descrever, fiquei com dores nos braços...

No final dos treinos, apesar do cansaço, havia a sensação de se estarem a fazer progressos em termos individuais e de grupo, mesmo quando alguns Oficiais ou Graduados optavam pela psicologia negativa para reforçar o nosso empenho na vez seguinte: "Isto está uma merda! Para a próxima vez fazemos o dobro do tempo!". No fundo, nós conseguíamos perceber nos olhos deles se as coisas estavam ou não a correr bem.

Um aspecto adicional que tinha que ser treinado para o “3 de Março” era o do reconhecimento dos toques do clarim. Esse reconhecimento era facilitado recorrendo à utilização de expressões que, fora do contexto militar, podem ser consideradas ofensivas por algumas pessoas. No Colégio, era simplesmente uma forma eficaz de memorizar os toques, e parece-me que estou a ver o Comandante do Corpo de Alunos aos berros no campo de futebol de 11 a relembrar os mais distraídos que o toque de “Ena c’um c@%@&/(), já!” correspondia a “Se-e-e….op!”, pois era a mnemónica menos óbvia, já que em "É pá, põe-me essa merda no ombro, já!" e "Apresenta-me essa merda, já!" não havia grande possibilidade de erros de interpretação.

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quarta-feira, outubro 04, 2006

No Divã da "Enferma": "As Minhas Crianças"

Fim do 8º ano. Ia deixar de pisar as pedras dos Claustros, deixar de usar a farda cor-de-pinhão, etc, etc, etc, mas para tudo isso eu já estava preparado. A vida é feita de ciclos, e eu já me tinha consciencializado de que havia um que estava a terminar e outro que estava a começar, e que a melhor forma de encerrar bem um era começar bem o outro.

Mas havia uma coisa para a qual eu não estava completamente preparado: deixar de ser graduado.

Durante vários meses convivi com aqueles a quem eu me referia (e me refiro ainda) como "as minhas crianças". Receber umas dezenas de "ratas", miúdos assustados e ingénuos, e transformá-los em "Meninos da Luz", foi das tarefas mais gratificantes que já realizei na minha vida. Quando eu for emocionável (inevitavelmente, com a idade, isso vai acontecer), esta memória será certamente uma das que mais me vai emocionar.

Terminado o ano lectivo, o que estava feito, estava feito... Imaginava o que faria se tivesse a oportunidade de voltar a ser graduado: seria certamente "o melhor graduado do mundo"... Puro engano. Acima de tudo, há que trabalhar em equipa, e quanto mais um graduado procura destacar-se dos outros pela positiva, mais contribui para a quebra do trabalho em equipa.

Acima de tudo, angustiava-me a quebra abrupta de ligação às "minhas crianças". Terminado o ano lectivo, eles iriam para férias; quando voltassem, no início do ano lectivo seguinte, teriam novos graduados, e depois outros, e mais outros... tudo isto, conjugado com a política colegial de "ex-alunos? não, obrigado", levava a uma conclusão inexorável: ia perder "as minhas crianças" para sempre.

E perdi.

E tinha mesmo que perder.

O modelo do Colégio é mesmo assim. Para que todos os cursos de graduados tenham a possibilidade de desenvolver o seu trabalho e deixar a sua marca nos alunos mais novos, num trabalho de continuidade, os graduados antigos têm que "sair do caminho". Não precisam de "desaparecer do mapa" (nem convém que o façam, pois é importante para os alunos mais novos perceberem que os princípios que lhes foram transmitidos estão a ser aplicados com sucesso fora do Colégio), mas precisam de deixar o espaço de liderança e formação ao curso seguinte, tal como o receberam do curso anterior, sem "superioridades morais" nem conselhos "paternalistas".

No meu tempo, isto era uma inevitabilidade.

E se não fosse?

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Comentário acrescentado em Outubro de 2014: este post foi inspirado num graduado que teimava em não deixar de o ser, prolongando o seu comando nos anos seguintes através da "blogosfera". Há um tempo para ser graduado, e um tempo para deixar os outros serem graduados.

domingo, outubro 01, 2006

Memórias do Baú LXV - As Requisições


Chega um novo ano lectivo, e com ele uma nova vaga de "ratas".

Que material irão requisitar? ;-)

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