As Elites da Elite (Parte IV)
Continuação de As Elites da Elite (Parte III).
O Comandante de Batalhão e as Elites
Texto escrito com base na realidade da década de 80, mas possivelmente aplicável nos dias de hoje.
O Comandante de Batalhão devia ser escolhido em função da capacidade de executar uma missão definida dentro dos limites estabelecidos pela estratégia da Direcção do Colégio.
Para que isso fosse possível, a capacidade de influência do Comandante de Batalhão sobre o curso deveria ser abrangente, pelo que seria recomendável que ele pertencesse às 3 elites indicadas nesta série ou, no mínimo, à Classe Especial e ao Quadro de Honra.
Mas existia alguma estratégia definida pela Direcção? Era definida alguma missão para o Comandante de Batalhão? Para que "servia" o Comandante de Batalhão?
Posso ter estado muito distraído ou ter pouca sensibilidade a este tema, mas fiquei com a ideia de que o Comandante de Batalhão tinha essencialmente uma função de representação: comandava o Batalhão nas cerimónias oficiais e nas paradas, representava o Colégio em eventos externos, e pronto.
Sendo assim, o critério de nomeação passava a ser o do aluno que, para a Direcção, melhor imagem dava do Colégio. Como isso geralmente passava por um elevado número de medalhas, o escolhido acabava por pertencer às elites indicadas, pelo que este critério se confundia com o inicialmente estabelecido.
Em alternativa, e não havendo preferências por parte da Direcção, era aceite a votação do curso, desde que a escolha não fosse "escandalosa". Também neste caso havia uma probabilidade elevada de o escolhido pertencer às elites.
Conclusão: ainda que feita por motivos errados, a escolha acabava geralmente por obedecer aos critérios certos, parecendo assim uma boa escolha. E às vezes até era.