quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Resumo de Janeiro e Fevereiro de 2007

Este "post" faz o resumo da actividade do "blog" em Janeiro e Fevereiro de 2007.

No tema Histórias do Meu Tempo de Colégio, há a destacar o encerramento da série As Medalhas Que Alguém Ganhou, tendo ainda sido publicados "posts" sobre A Punição Que Eu Não Tive, Os "Ourives", a Visita de Estudo a Guimarães, Braga e Serra do Gerês e os Chás Dançantes ("A Menina Dança?").

No tema Memórias do Baú, há a referir as memórias sobre A Melhor Mãe do Mundo e As Mensalidades, bem como a continuação das séries O "Cadastro", As Redacções, "Área Reservada" e "3 de Março" - 1985.

No tema A Actualidade, há a destacar o início da publicação da série Onde Estão Os Ex-Alunos?.

Merecem sempre destaque no "blog" o Índice Temático e os Comentários.

Se preferirem, podem iniciar a exploração pela página inicial.

Agradeço comentários/sugestões.

domingo, fevereiro 25, 2007

"A Menina Dança?"

Os Chás Dançantes dos anos 80 davam um filme.

O filme começava muito antes da abertura das portas, com o planeamento dos trabalhos, a concepção, a construção dos elementos cénicos e a montagem.

Se o trabalho de concepção ficava a cargo de um grupo restrito, já a montagem "tocava a todos", pela quantidade e variedade das tarefas envolvidas: montagem dos cabos de suporte da cobertura, montagem da cobertura, montagem dos adereços (luzes, bolas de espelhos, máquinas de fumo, etc.), montagem da mesa de som e luzes, montagem do sistema de som, colocação dos cobertores nas janelas, montagem do bar, etc.

Depois vinha a "hora da verdade"... abriam-se os portões e começava a secção principal do filme: a festa!

Nesta secção, desfilavam personagens como o "dj", o "galã", o "predador", a "vamp", o(a) tímido(a), a aluna do IO (caracterizada pelo ataque/defesa em grupo), o ex-aluno com cabeleira farta (só porque podia), o "rata" que acompanhava a irmã mais velha (até ela o mandar "desaparecer"), o "nerd"(*), etc.

Depois vinha a parte final do filme... a desmontagem e arrumação do espaço, mas, sobretudo, a partilha e "arrumação" das memórias, com o consequente planeamento das acções para os dias seguintes (telefonemas a fazer, cartas a escrever, filmes para ver, etc.).

Os Chás Dançantes eram muito importantes para nós; tão importantes, que a ameaça do seu fim deu origem à "boiada" mais "mediática" dos anos 80: durante vários dias, todo o Batalhão andou em "fila indiana" para todo o lado, e nos intervalos das aulas os alunos andavam em duas filas (uma para cada lado) à volta das varandas dos claustros. Resultou: as duas partes em litígio sentaram-se à mesa e negociaram um acordo que permitiu a continuação dos Chás.

Recentemente, uma antiga frequentadora dos Chás Dançantes encontrou no "baú" alguns convites, tendo criado um "blog" para os partilhar. Estas imagens de pedaços de papel vão-nos certamente despertar memórias dos "bons velhos tempos".

A visitar, em http://chadancante.blog.co.uk.

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(*) Não estamos a falar do verdadeiro "nerd", porque esse obviamente não ia aos Chás: ia perder uma tarde de estudo, ouvir música em "altos berros" e - pormenor extremamente desagradável - estar ao pé de "gajas".

Estamos a falar do "nerd light", que o "galã" podia apresentar às amigas e explicar que era o gajo que tirava 18s e que lhe passava respostas nos pontos, mas que até gostava de música, ia aos Chás, e conseguia tentar dançar sem cair (estou obviamente a exagerar, porque o Salgueiro só me fez isto um vez).

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Memórias do Baú LXXXIII - As Mensalidades


Não tenho a ideia de quanto é que isto era "em melões", mas parece-me que, para a generalidade dos filhos de militares, e tendo em conta que incluía "cama, mesa e roupa lavada", era um valor acessível.

Considerando também que proporcionava condições muito acima da média dos estabelecimentos de ensino comparáveis (liceus, externatos, etc.), não era de estranhar que o número de candidatos superasse largamente o número de vagas.

Hoje o panorama é completamente diferente, e (pelo menos) numa coisa reconheço claras vantagens face ao passado: já ninguém vai para o Colégio porque é a escolha natural, ou para fugir ao caos que é o ensino no exterior; hoje os alunos vão para o Colégio por opção deles e dos pais. E é uma opção que certamente é bem pensada, porque o preço "dói" a quase todos, porque quase todos se encontram na categoria dos civis.

Há certamente menos candidatos, mas talvez os alunos tenham, em média, uma relação mais "saudável" com o Colégio do que os alunos tinham "no meu tempo".

sábado, fevereiro 17, 2007

Onde Estão Os Ex-Alunos? (Parte I)

Inspirado por um artigo sobre o "Quem é Quem" escrito pelo João Martins Mateus (169/1944) na revista da AAACM nº 165, e por uma análise sobre a base de dados "exalunoscm" publicada pelo Pedro Freitas (15/1975) no seu "blog" (http://www.defreitas.blog.co.uk), resolvi voltar a uma análise estatística que fiz há um ano sobre o mesmo tema: a ligação dos ex-alunos à AAACM (e, consequentemente, ao Colégio).

O estudo visava analisar a ligação dos diversos cursos/épocas à AAACM, de forma a tentar identificar padrões que permitam definir acções a tomar para "puxar" mais ex-alunos para sócios da AAACM. Face aos estudos que referi, este tem a vantagem de partir de dados que reflectem um maior compromisso por parte dos ex-alunos (pagamento de quotas vs. preenchimento de uma ficha ou de um formulário "on-line").

Nesta 1ª parte, apresento um gráfico que relaciona, para os ex-alunos entrados em cada ano, o número estimado dos que estão vivos com o número dos que são sócios da AAACM.


Analisando a média móvel do número de sócios por ano de entrada, verifica-se que há uma representatividade uniforme de todas as épocas, com uma média de 20 a 30 ex-alunos por curso de entrada. Este facto causa desde já alguma estranheza, dada a variação muito mais ampla que se verifica na média móvel do número de alunos entrados.

É também visível a enorme diferença que há entre as duas curvas, colocando os sócios da AAACM como uma clara minoria.

Qualquer dos aspectos atrás referidos será objecto de uma análise mais detalhada nas partes seguintes desta série.

Continua em Onde Estão Os Ex-Alunos? (Parte II).

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Memórias do Baú LXXXII - "3 de Março" - 1985


Finalmente, após horas e horas de treinos, chegava o "momento da verdade"!

Para acederes ao "post" anterior sobre o "3 de Março" de 1985, clica aqui.

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sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Visita de Estudo a Braga, Guimarães e Serra do Gerês

Em Abril de 1982, no 5º ano, fomos fazer uma visita de estudo de vários dias a Braga, Guimarães e Serra do Gerês.

O objectivo seria o de, numa só viagem, podermos observar "no terreno" alguns aspectos que tínhamos estudado ao longo dos anos nas disciplinas de História, Geografia, Ciências e Biologia.

Como ponto de apoio, teríamos o Regimento de Cavalaria de Braga, onde ficaríamos hospedados "em regime de MP".

Naquele tempo, uma viagem até Braga em autocarros militares demorava uma "eternidade", pelo que chegámos já tarde e cansados de tanto solavanco, bem como esfomeados por só termos comido o tradicional almoço "take-away" do Colégio: uma sandes, um pedaço de frango, uma peça de fruta e um pacote de sumo.

Foi com grande alívio que finalmente chegámos à Porta de Armas do Regimento, onde nos esperava (assim esperávamos) um reconfortante jantar.

Do outro lado, vislubrámos alguns olhares de surpresa, primeiro do praça de guarda à Porta de Armas e depois do Oficial de Dia. Será que nunca tinham visto "Meninos da Luz"? Momentos depois, vislumbrámos a mesma surpresa no olhar do oficial responsável pelo nosso grupo, após uma curta conversa que este manteve com o Oficial de Dia do Regimento.

Aparentemente, havia um "pequeno problema": ninguém sabia da nossa vinda. As comunicações militares, com todos os protocolos para as tornar infalíveis, tinham falhado. Casernas disponíveis? Não havia. Comida? Também não.

Mas não há imprevisto que arrase a motivação de um Português, muito menos a de um que é militar, e por isso começou-se de imediato a trabalhar num cenário alternativo: havia "kits" de tendas (1 pano, 2 estacas e espias), também se arranjavam alguns cobertores, e havia um terreno a uns (bons) quilómetros que podia ser utilizado para fazer um acampamento. Comida? Ia-se ver o que é que se arranjava, mas certamente que mais tarde se arranjava alguma coisa.

E assim, cansados, com fome e com frio, fomos montar o nosso acampamento num terreno "no meio de nada", ficando depois à espera do jantar.

O jantar chegou, já bem depois da hora apropriada: uma caixa de madeira com pão e outra cheia de sardinhas em sal. Era o que se conseguia arranjar, tendo em conta a pouca antecedência.

A imagem dessa noite é inesquecível: os alunos juntos à volta da fogueira, enrolados em cobertores, cada um com um pau com uma sardinha espetada, que iam assando directamente nas chamas da fogueira e comendo com pão. E as sardinhas, diga-se de passagem, "souberam a pato".

Histórias dessa viagem, houve muitas, tendo algumas já sido contadas nos comentários de um outro "post": aqui, aqui, aqui e aqui.

domingo, fevereiro 04, 2007

Memórias do Baú LXXXI - "Área Reservada"


O Gabinete do Comandante de Companhia

Hoje existe legislação ao abrigo da qual um cidadão pode consultar a informação que uma determinada entidade guarda a seu respeito.

Infelizmente essa não era ainda a realidade em 1985, e por isso os cidadãos colegiais tinham que arranjar formas "criativas" para acederem aos seus "cadastros".

Corriam, naturalmente, o risco de que essa consulta viesse, caso fosse descoberta, a contribuir para o "enriquecimento" do próprio "cadastro"... ;-)

Fotografados: 207/78, 583/78 e 401/77.

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