Memórias do Baú CV - Exercícios Militares
"Como é que se vai para o Líbano?"
Sempre que íamos para um exercício militar, despertávamos a curiosidade de todas as pessoas que se cruzavam connosco. Não era normal ver miúdos de 15-17 anos fardados, armados e em veículos militares, como se fossem para um cenário de guerra.
Em Junho de 1982, Israel invadiu o Líbano, e esta guerra "entreteve" os meios de comunicação social durante meses/anos. Por isso, numa das deslocações para a Semana de Campo alguém teve a ideia de se "meter" com os condutores que paravam atrás de nós nos semáforos, alegando que o nosso condutor estava perdido, e perguntando como é que se ía para o Líbano... ;-)
Fotografados: 308/76, 572/77, ???, 522/77, 335/76, 66/77.
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1 comentário:
Na foto podem-se observar o 308, o 66 e 522 em posição de reacção imediata a uma provocação exterior, protegendo um camarada (335), cobardemente ferido com uma garrafa de Highland Clan (era arma de arremesso bastante eficaz e facilmente disponível no chão, nas imediações da tenda dos oficiais de campo, bem assim, como das de alguns camaradas "fixes"), metralhando energicamente as forças inimigas.
Observa-se ainda o 572, condescendentemente, oferecendo a sua G-3 em troca de favores sexuais de uma guarda fronteiriça de olhos azuís que havía avistado do outro lado do "Muro" (estávamos ainda no tempo da Guerra Fria, era linda, fria e distante - Yulia, natural da Letónia – hoje utiliza-a como Mãe-Natal, em lingerie e em patins, e costuma pregar partidas com ela aos ex-camaradas na Época Natalícia)
Ainda, um camarada devidamente camuflado com uma mistura de graxa com carvão de rolhas queimadas, o qual pela mestria utilizada, até hoje se mantém no anonimato, e que, na circunstância de escassez de munições, lança balísticamente pacotes de sumo de pêra FRAMI fora de prazo e pedaços de sandes de atum TENORIO proveniente de ração de combate de Angola-1972, visando potenciar o número de baixas, por desinteria,vulgo “caganeira”, do IN).
Decorrente da acção retratada, nenhum animal selvagem ou doméstico, foi humilhado, altratado ou ferido.
Um abraço,
Fózi – 401/77
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