segunda-feira, dezembro 31, 2007

quinta-feira, dezembro 27, 2007

Fotobiografia de António Aniceto Monteiro (Ex-78/1917)

Ouvi falar pela primeira vez em António Aniceto Monteiro através do "Bata", que me referiu estar a fazer um levantamento dos ex-alunos que se distinguiram na área da Matemática. Na altura, referiu-me que António Aniceto Monteiro era considerado por muitos o matemático português mais importante do Séc. XX, e que a Sociedade Portuguesa de Matemática estava a preparar um trabalho para comemorar os 100 anos do seu nascimento.

Por isso, foi com grande expectativa que abri o livro "António Aniceto Monteiro - Uma fotobiografia a várias vozes", que chegou às minhas mãos poucos dias depois do lançamento oficial.

O primeiro contacto com o livro deixa imediatamente perceber que a dimensão de António Aniceto Monteiro extravasa a do universo da matemática: a capa contém a reprodução de um retrato do matemático feito por Arpad Szenes no Rio de Janeiro.

Uma análise em maior profundidade mostra uma cobertura de todos os aspectos da vida pessoal e profissional de António Aniceto Monteiro, começando pelos seus pais, passando pela sua frequência do Colégio Militar e analisando com detalhe cada uma das fases da sua vida e da sua carreira.

Uma das facetas importantes é a da sua oposição ao "Estado Novo", sendo que a recusa em assinar uma declaração de integração "na ordem social estabelecida" lhe valeu a impossibilidade de ser funcionário público, o que acabou por ditar a sua saída para o estrangeiro.

Não resisto a reproduzir uma citação (pag. 88) de um texto do Armando Girão (ex-426/1917):

"Procurei o Aniceto e assim me esforcei por demovê-lo, não só por ele, que necessitava de ganhar a vida, mas na plena consciência de que o Instituto Superior Técnico perdia um mestre de altíssima craveira.

Perante a teimosia do Aniceto, perguntei-lhe por fim se ele afinal era comunista e por isso não assinava o papel. E logo o Aniceto retorquiu: 'não sou comunista nem acredito que venha a sê-lo, mas a declaração diz que não sou nem serei, e não aceito limitações à minha inteligência'.

Grande Menino da Luz, foi esta a lição que o Aniceto me deu e que nunca mais esqueci
".

Considero que esta fotobiografia é excelente, e que o trabalho é mais valioso ainda se se tiver em conta de que o público-alvo é limitado (a tiragem é de 1.500 exemplares).

Por isso, se forem à FNAC (uma das livrarias que vende esta obra), não percam a oportunidade de conhecer melhor um ex-aluno que, pela sua carreira e pela forma como lutou pelas suas convicções, foi agraciado, a título póstumo, com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Santiago da Espada.

Entretanto, não deixem de ler o artigo "Centenário do Nascimento de um Notável Matemático" e de visitar o "blog" dedicado a António Aniceto Monteiro.

domingo, dezembro 23, 2007

Memórias do Baú CXVIII - Exercícios Militares


Partida dos "ratas" de 1984/85 para o acampamento.

Para acederes ao "post" anterior sobre os Exercícios Militares, clica aqui.

Para acederes ao "post" seguinte sobre os Exercícios Militares, clica aqui.

domingo, dezembro 16, 2007

Memórias do Baú CXVII - Exercícios Militares


Carregueira, 1985.

Fotografados: 207/78, "Básico" (Alferes), 439/76 e 467/77.

Para acederes ao "post" anterior sobre os Exercícios Militares, clica aqui.

Para acederes ao "post" seguinte sobre os Exercícios Militares, clica aqui.

domingo, dezembro 09, 2007

Uma Aula de Condução Sem um Final Feliz (Parte III)

Continuação de Uma Aula de Condução Sem um Final Feliz (Parte II).

Os momentos que se seguiram ao acidente deverão ter sido inesquecíveis...

A primeira tarefa foi a de retirar o carro de dentro do campo de futebol. Não foi fácil, uma vez que a rede tinha voltado ao seu estado normal e a vedação tinha levantado ligeiramente depois da passagem do carro.

A segunda tarefa foi a de "disfarçar" as actividades nocturnas, nomeadamente os piões no campo de futebol, para evitar complicações adicionais.

Depois... foi a viagem até ao gabinete do Oficial de Dia, para assumir a asneira e enfrentar as consequências.

O processo que se seguiu "prometia" muito em termos de acção disciplinar, mas felizmente acabou por se ficar pela atribuição de (muitos) pontos negativos, em vez de cenários mais radicais de suspensão ou expulsão. Terá imperado o bom-senso, bem como o facto de os envolvidos terem "cadastros" razoavelmente "limpos" e terem assumido prontamente as suas responsabilidades.

Há quem diga que o facto de o Porta-Bandeira estar envolvido também terá dado uma ajuda; tendo em conta o "cadastro" do Porta-Bandeira (certamente um dos mais "volumosos" do grupo), pode ter sido uma ajuda, mas não terá sido uma grande ajuda... ;-)

Segundo o "Vasquinho", "no final tudo ficou bem e tivemos apenas que pagar os estragos que, tanto quanto me recordo, foram de 20 contos por cada um..."

A fotografia que se segue, tirada numa ocasião posterior, apresenta os 7 "aventureiros" que se encontravam dentro do carro, posando junto do Ford Cortina: em cima, 308/76, 555/77 ("Vasquinho", o condutor), 248/77, 79/77 e 522/77; em baixo, 335/76 e 66/77.

quarta-feira, dezembro 05, 2007

Memórias do Baú CXVI - "Jogos da Amizade"


Após a largada, os balões elevaram-se no ar, levando para longe as mensagens de amizade dos "ratas".


Algumas foram tão longe quanto o edifício do Corpo de Alunos... ;-)

Para acederes ao "post" anterior sobre os "Jogos da Amizade", clica aqui.

quinta-feira, novembro 29, 2007

Memórias do Baú CXV - Os Graduados


Após uma saída de 4ª feira, um "snack" com croissants com chocolate.

Fotografados: 357/77 e 439/76.

quinta-feira, novembro 22, 2007

Memórias do Baú CXIV - Exercícios Militares


Carregueira, 1985.

Para acederes ao "post" anterior sobre os Exercícios Militares, clica aqui.

Para acederes ao "post" seguinte sobre os Exercícios Militares, clica aqui.

domingo, novembro 18, 2007

Memórias do Baú CXIII - Os Chás Dançantes


Cartaz do Chá Dançante do 7º ano, em 1984. A referência ao "11º ano" visava marcar a diferença para os outros Chás do ano - este sim, ia ser especial.

Para acederes ao "post" anterior sobre os Chás Dançantes, clica aqui.

quarta-feira, novembro 14, 2007

Dois Anos de "Blog"

Do Que Eu Gostei Mais

A criação do tema A Foice em Memória Alheia (A Última Vítima do Grizzly, Uma Aula de Condução Sem um Final Feliz).

O testemunho do "Alvin", Olhos Nos Olhos.

Do Que Eu Gostei Menos

Pouca contribuição dos visitantes para complementar as memórias.

terça-feira, novembro 13, 2007

Uma Aula de Condução Sem um Final Feliz (Parte II)

Continuação de Uma Aula de Condução Sem um Final Feliz (Parte I).

O percurso seguido pelo carro foi o documentado na figura abaixo: partida do estacionamento em direcção ao Pavilhão de Ciências, subida da rampa até ao ginásio, passagem pelo campo de futebol de 11 (“[...] onde fizemos alguns piões, sempre muito bem conduzidos pelo Miguel [Tribolet de Abreu – 66/1977...]”), regresso à rampa, passagem pelas traseiras do ginásio, descida em direcção ao Corpo de Alunos e regresso ao topo do campo de futebol de 5 pela estrada paralela ao mesmo.


Este percurso foi feito duas ou três vezes, e numa delas encontrámos, junto ao campo de obstáculos, um grupo de alunos do nosso curso a descer a rampa para os pavilhões de mecânica em cima de uma das viaturas que se encontrava na parada. Esta foi, de facto, uma noite muito agitada!

Trocámos de condutor várias vezes, até que me tocou a mim... Correu tudo mais ou menos bem até que, quando já tínhamos feito a volta, e nos estávamos a dirigir para o campo de futebol de 5, perdi o controlo do carro e, ao fazer a curva, este foi direito à parte de trás da baliza, destruindo-a, bem como às tabelas e à vedação. O mais irónico é que durante essa semana tinham acabado de colocar tabelas novas e uma vedação alta para que se pudesse jogar ténis.

A vedação tinha uma base em madeira (tabelas) e um corrimão (tubo metálico) à altura da cintura; por fora, havia uma rede com vários metros de altura. O impacto foi atrás da baliza, e o carro destruiu a base de madeira e o corrimão, passou por debaixo da rede, que se deformou, e levou a baliza à frente. Depois da passagem do carro, que se imobilizou já completamente dentro do campo, a rede voltou praticamente à sua posição inicial, fechando-o lá dentro.


Mas voltemos ao momento do impacto. Segundo o Arantes (522/77), que também ia dentro do carro, “[…] quando estávamos a sair do troço ao longo do relvado, ao lado do campo de futebol de 5, o ‘Vasquinho’ não conseguiu controlar o carro e ‘apontou-o’ à pista pequena. Conseguiu ‘desviar-se’ deste obstáculo e ‘apontou-o’ então ao campo de futebol de 5, mas, apesar do carro estar quase parado, em vez de carregar no pedal do travão, enganou-se e carregou no pedal do acelerador, e... ‘TRUZ, BANG...’ […]

Continua em Uma Aula de Condução Sem um Final Feliz (Parte III).

quinta-feira, novembro 08, 2007

Memórias do Baú CXII - A Viagem de Finalistas

"Voici la France" era o título de um documento de 10 páginas produzido pelo Prof. Guy-Roger Meitinger para suporte à viagem de finalistas de 1984/85.

Para além do programa da viagem, que incluia o programa cultural, o documento continua mapas, dados físicos (localização, fronteiras, área, etc.) e um conjunto de informação turística. O programa constava de visitas aos principais museus, e deixava ainda bastante tempo livre para outras actividades.

Numa altura em que o acesso à informação era muito mais limitado e trabalhoso do que é hoje, a informação sobre os pontos de interesse publicada foi de extrema utilidade para planear o tempo livre e facilitar a "navegação" na cidade.

Apesar de ser a pessoa que mais podia dar sugestões sobre a melhor forma de aproveitar a visita, a relação do curso com o Prof. Meitinger ao longo da viagem nem sempre foi a melhor.

O Prof. Meitinger nunca tinha sido professor do curso, e foi imposto pela Direcção para fazer a ligação com as entidades a visitar (museus, etc). Esta função veio a revelar-se necessária, mas o curso entendia que estava a ser ocupando um lugar que este preferia ver ocupado por um professor que tivesse sido importante para a sua formação (Ex: Dario, Carmo).

Hoje, com a informação disponível na Internet, não seria certamente necessário produzir o "Voici la France": bastaria o envio prévio de um e-mail com links para sites a visitar para obter informação.

Mas, já que se fala em Internet, basta uma simples pesquisa por nome, e... voici monsieur Meitinger. Em destaque no texto está a sua passagem por Lisbonne, que marcou o início de uma carreira internacional. Infelizmente, não fala no Colégio nem na viagem de finalistas de 1984/85...


Para acederes ao "post" anterior sobre a Viagem de Finalistas, clica aqui.

terça-feira, novembro 06, 2007

Memórias do Baú CII - A Viagem de Finalistas (actualização)

Publicado em 28/08/2007; actualizado em 06/11/2007.


Um grupo de Colegiais observa, intrigado, um relógio de água em funcionamento num centro comercial nos Champs Elysées (Galerie du Claridge).

Este relógio, instalado em 1979, foi desenhado por Bernard Gitton, e foi o primeiro de cerca de 30 que se encontram em exposição por todo o mundo. Foi retirado no fim da década de 90, por se encontrar degradado. Depois de obras significativas no centro comercial, foi colocado um novo relógio, significativamente mais pequeno, no piso 0 (o piso superior dos dois atravessados pelo relógio anterior).



Um modelo idêntico (ainda maior do que o da primeira fotografia) esteve instalado durante alguns anos no CascaiShopping. Foi retirado para permitir a expansão da zona dos restaurantes, e está guardado "à espera de um novo local onde possa ser montado" (sic).

Os curiosos sobre este tema podem encontrar mais informações neste link.

Para acederes ao "post" anterior sobre a Viagem de Finalistas, clica aqui.

Para acederes ao "post" seguinte sobre a Viagem de Finalistas, clica aqui.

domingo, novembro 04, 2007

Destaques de Setembro e Outubro de 2007

Este "post" apresenta os destaques do "blog" referentes aos meses de Setembro e Outubro de 2007.

Os alunos do "Bata" fartaram-se de o ouvir dizer que "só havia um melhor do que eu, mas já morreu". Finalmente foi esclarecido este mistério, através de um artigo escrito e enviado para publicação pelo próprio "Bata": Centenário do Nascimento de um Notável Matemático. A não perder.

O tema A Foice em Memória Alheia "voltou a mexer", agora com Uma Aula de Condução Sem um Final Feliz.

No tema Memórias do Baú, é hora de Exercícios Militares.

Merecem sempre destaque no "blog" o Índice Temático e os Comentários Anteriores.

sábado, outubro 27, 2007

Centenário do Nascimento de um Notável Matemático

António Aniceto Ribeiro Monteiro, Ex-78/1917

Artigo escrito e enviado para publicação por José Manuel Sena Neves ("Bata"); fotografias cedidas pela família de António Aniceto Monteiro.

António Aniceto Ribeiro Monteiro (1907-1980) era filho de D. Maria Joana Lino de Figueiredo Silva Monteiro e de António Ribeiro Monteiro, tenente de Infantaria.

Nasceu a 31 de Maio em Moçâmedes, Angola, quando seu pai cumpria ali uma comissão de serviço e onde viria a falecer, atacado pelas febres, em 7 de Julho de 1915.

Já em Lisboa, na zona do Círculo Escolar Oriental, completou a instrução primária do 2.o grau, em 13 de Agosto de 1917. Em 1 de Novembro de 1917 ingressou no Colégio Militar tendo-lhe sido atribuído o número 78 e aí permaneceu até 7 de Julho de 1925, data em que concluiu o Ensino Secundário, completando o que na época se designava por Curso Complementar de Sciências. Ao longo da sua permanência no CM foi distinguido com três louvores, dois pela seu “procedimento moral” (anos lectivos 1919-1920 e 1922-1923) e o terceiro por “trabalhos práticos” (ano lectivo 1924-1925).

Como curiosidade, refira-se que a melhor nota que obteve em Matemática foi 14 valores, conseguida no exame escrito do Curso Complementar de Sciências e que (com excepção das classificações que lhe foram atribuídas nos exames do citado Curso) as notas em Física foram sempre superiores às de Matemática.

Em 22 de Julho de 1925 alistou-se no Grupo de Artilharia a Cavalo, aquartelado em Queluz, com o posto de Primeiro Sargento Cadete. Depois matriculou-se no Curso de Ciências Matemáticas da Faculdade de Ciências de Lisboa, cuja licenciatura concluiu em 1930.

De 1932 a 1936 estudou em Paris como bolseiro da Junta de Educação Nacional (que mais tarde passou a Instituto para a Alta Cultura) tendo, em 1936, obtido o grau de Docteur és Sciences Mathématiques na Universidade de Paris com uma tese intitulada Sur l’aditivité des noyaux de Fredholm, orientada por um importante matemático francês, Maurice Fréchet (1878-1973), que, em carta dirigida ao Instituto para a Alta Cultura, afirma que o júri que avaliou a tese de doutoramento de António Aniceto Monteiro, decidiu por unanimidade conceder-lhe a menção de «très honorable» que, embora não constando no diploma, está registada nos arquivos da Faculdade.

Ainda em 1936, já em Portugal, funda em Lisboa, juntamente com António da Silveira e Manuel Valadares, o Núcleo de Matemática, Física e Química, cujas actividades se iniciam a 16 de Novembro, (terminaram a 6 de Novembro de 1939) permitindo que se encontrassem, provavelmente pela primeira vez, os matemáticos António Monteiro, Bento Caraça e Ruy Luís Gomes, os três principais impulsionadores do Movimento Matemático.

Em 1937, surge a revista Portugaliae Mathematica, em cujo primeiro volume se escreve “revista editada por António Monteiro, com a cooperação de Hugo Ribeiro, J. Paulo, M. Zaluar Nunes”.

Em 1939, começa a funcionar o Seminário de Análise Geral, em Lisboa, dinamizado por António Aniceto Monteiro, primeiro na Faculdade de Ciências e depois no Centro de Estudos Matemáticos de Lisboa, do Instituto para a Alta Cultura. Também neste ano é fundada por Bento de Jesus Caraça, António Monteiro, Hugo Ribeiro, José da Silva Paulo e Manuel Zaluar, a “Gazeta de Matemática”, «Jornal dos concorrentes ao exame de aptidão e dos estudantes de matemática das escolas superiores», cujo primeiro número sai em Janeiro de 1940. Ainda neste ano, em 12 de Dezembro, um grupo de matemáticos funda a Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) e escolhe, por unanimidade, António Aniceto Monteiro para seu Secretário Geral. No ano seguinte, em Fevereiro, é formado o Centro de Estudos Matemáticos de Lisboa cujo impulsionador é, mais uma vez, António Monteiro. Em 4 de Outubro de 1943, Ruy Luís Gomes funda a Junta de Investigação Matemática (JIM), em colaboração com Mira Fernandes e António Monteiro. Em Dezembro do mesmo ano, António Aniceto Monteiro vai para o Porto, com a família, onde fica cerca de um ano a dirigir, no Centro de Estudos Matemáticos, o Seminário de Topologia Geral.

Como o próprio António Aniceto Monteiro diz no seu curriculum: “durante o período de 1938-43 todas as minhas funções docentes e de investigação, foram desempenhadas sem remuneração; ganhei a vida dando lições particulares e trabalhando num Serviço de Inventariação de Bibliografia Científica existente em Portugal, organizado pelo IAC”. Uma vez que, por razões políticas, lhe foi negado o ingresso na carreira universitária (Aniceto Monteiro recusou-se a assinar uma declaração de fidelidade ao Estado Novo por considerar tal declaração um insulto à sua inteligência, conforme testemunha o Brigadeiro Armando Girão, seu colega de curso no CM) vê-se forçado em 1945 a aceitar um contrato por quatro anos que, por recomendação de Albert Einstein (1879-1955), Jhon von Neumann (1903-1957) e Guido Beck (1903-1998), lhe foi proposto pela Faculdade Nacional de Filosofia do Rio de Janeiro para a cátedra de Análise Superior.

Durante a sua permanência no Rio de Janeiro, é nomeado investigador do Núcleo Técnico Científico da Fundação Getúlio Vargas (1945-1946) e do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas.

É de assinalar que, em Julho de 1946, Alfredo Pereira Gomes obtém o doutoramento na Universidade do Porto com uma tese orientada por António Aniceto Monteiro.

Não tendo sido renovado o seu contracto com a Faculdade Nacional de Filosofia do Rio de Janeiro, ao que se crê por pressão da Embaixada de Portugal no Brasil, em 1950 Monteiro chega à Argentina contratado pela Universidad Nacional del Cuyo (sediada na cidade de San Juan, província de Mendoza) onde até 1956 é docente de Análise Matemática na Faculdade de Engenharia, tendo no primeiro ano acumulado com a docência de Matemática na Faculdade de Ciências da Educação da mesma universidade, na cidade de San Luis. No ano seguinte, António Monteiro é co-fundador do Departamento de Investigaciones Científicas (DIC) e a partir de 1953 é docente no Instituto de Matemática do DIC da Universidad Nacional del Cuyo, acumulando com a docência na Faculdade de Engenharia. Entre 1954 e 1956, lecciona também na Escola de Arquitectura da Faculdade de Engenharia, em San Juan.

Em 1956 recusa o lugar, ganho por concurso, de Professor de Análise na Faculdade de Ciências Exactas da Universidade de Buenos Aires e ainda da Universidade do Chile, aceitando o convite da recém criada Universidad Nacional del Sur (UNS), Bahía Blanca, Argentina, para nela se incorporar e permanecer até à sua jubilação em 1975. Só regressa a Portugal em 1977. Neste ano, o Instituto Nacional de Investigação Científica (INIC) de Portugal, cria um lugar de investigador para António Aniceto Monteiro e ele permanece em Portugal cerca de dois anos, após os quais regressa a Bahía Blanca onde vem a falecer em 29 de Outubro de 1980.

Várias homenagens têm sido prestadas a António Aniceto Monteiro, das quais destacamos as seguintes:

(1) A Biblioteca do Instituto de Matemática do Departamento de Investigaciones Científicas de la Universidad Nacional del Cuyo que ele criou, tem actualmente o seu nome, Biblioteca Dr. António A. R. Monteiro.

(2) Em 30 de Maio de 1972, é agraciado com o título de Profesor Emérito de la Universidad Nacional del Sur, que ninguém mais recebeu até hoje.

(3) Em 1974 é nomeado Membro Honorário da Unión Matemática Argentina.

(4) Em 1978 é distinguido com o Prémio Gulbenkian de Ciência e Tecnologia pelo seu trabalho “Sur les Algèbres de Heyting Symétriques”.

(5) Em Outubro de 2000, o Presidente da República Portuguesa, Jorge Sampaio, concedeu-lhe, a título póstumo, a Grã-Cruz da Ordem Militar de Santiago da Espada.

A grandeza da sua obra científica pode ser comprovada pelos mais de cinquenta trabalhos científicos que realizou. Alguns deles são em co-autoria com outros matemáticos, entre os quais se encontram os portugueses Hugo Ribeiro e Maurício Peixoto.

Como reconhecimento de que António Aniceto Monteiro é um dos maiores matemáticos portugueses do séc XX, foi inaugurada em Lisboa, em 31 de Maio do corrente ano, uma exposição comemorativa do centenário do seu nascimento, promovida pela Sociedade Portuguesa de Matemática. Nessa exposição, patente no Museu da Ciência da Universidade de Lisboa até ao dia 29 de Julho, o Colégio Militar colaborou disponibilizando vários documentos relativos à sua vida colegial, os quais ocupam uma estante da referida exposição. Nos dias 4 e 5 de Junho realizou-se o «Colloquium António Aniceto Monteiro» com participação de professores das Universidades Clássica e Nova de Lisboa, Évora, Estado do Rio de Janeiro, Federal do Rio de Janeiro, Católica do Rio de Janeiro, Complutense de Madrid, Buenos Aires, Nacional del Sur (Argentina), e Firense (Itália). Nele foi enfatizada a contribuição de Aniceto Monteiro para a criação de centros de investigação matemática em todos os sítios por onde passou.

É de assinalar que a Universidad Nacional del Sur, onde Aniceto Monteiro leccionou durante mais tempo, também promoveu actividades comemorativas do centenário do seu nascimento, realizando nos dias 30 e 31 de Maio e 1 de Junho, o IX Congresso Dr. António Monteiro, cujo tema central foi “Lógica Algebraica” que contou com conferencistas matemáticos da Argentina, dos Estados Unidos, de Portugal, de Espanha e de Itália.

Podemos afirmar que o Prof. Doutor António Aniceto Ribeiro Monteiro tem direito a figurar num dos primeiros lugares da extensa lista de Portugueses Ilustres que foram alunos do Colégio Militar.

quinta-feira, outubro 25, 2007

Memórias do Baú CXI - Exercícios Militares


Carregueira, 1985.

Para acederes ao "post" anterior sobre os Exercícios Militares, clica aqui.

Para acederes ao "post" seguinte sobre os Exercícios Militares, clica aqui.

domingo, outubro 21, 2007

Uma Aula de Condução Sem um Final Feliz (Parte I)

O Sr. Delgado foi o fotógrafo oficial do Colégio durante mais de 30 anos.

Na primeira metade da década de 80, usava para as suas deslocações profissionais um Ford Cortina Mk1 azul que, apesar de já ter cerca de 20 anos, correspondia por inteiro às exigências do dia-a-dia.

Por uma questão de conveniência pessoal, certamente não relacionada com o trânsito caótico ou a falta de estacionamento (problemas que ainda não tinham grande expressão), o Sr. Delgado deixava muitas vezes o carro no Colégio durante a noite, na zona entre o Corpo de Alunos e o campo de futebol de 5.

A presença do carro representava uma tentação muito difícil de resistir para um conjunto de jovens que começavam a dar os primeiro passos na "arte" da condução, e para os quais alguns kilómetros conduzidos representariam um grande valor acrescentado à sua formação.

É de uma dessas experiências que vamos falar nesta série, "conduzidos" pelo "Vasquinho" (555/77), um dos participantes.

"Numa noite de sexta-feira, estava um grupo de graduados a preparar a montagem do "Chá Dançante", quando de repente alguém se lembra de propôr 'Vamos dar uma volta no carro do chulógrafo?!!!'. Num instante, um grupo de 7 ou 8, comigo incluído, disse 'Bora aí!!!'."

"Já não me lembro de todos os que participaram, mas um que tenho a certeza foi o Miguel Tribolet (66/77), que por sinal foi o primeiro a conduzir o fantástico Ford Cortina, que se encontrava estacionado (ilegalmente !!*) debaixo das árvores, junto ao campo de futebol de cinco."

"Entrámos todos** para dentro do carro, pusemos o motor a trabalhar utilizando a lima de um corta-unhas ou um canivete, e lá fomos..."

Continua em Uma Aula de Condução Sem um Final Feliz (Parte II).

-----------------------------
* Este detalhe viria a ter bastante relevância numa fase posterior do processo.
** Sete, três à frente e quatro atrás.

terça-feira, outubro 16, 2007

Memórias do Baú CX - Exercícios Militares


Carregueira, 1985.

Para acederes ao "post" anterior sobre os Exercícios Militares, clica aqui.

Para acederes ao "post" seguinte sobre os Exercícios Militares, clica aqui.

sexta-feira, outubro 12, 2007

Memórias do Baú CIX - "Jogos da Amizade"


Um belo dia, descobrimos que os nossos "soldados" afinal eram crianças como as outras, que vibravam com uma largada de balões a pretexto de uns "Jogos da Amizade".

Foi uma largada de balões diferente, em formatura e com a presença do Director.

O balão de cada aluno levava pendurada uma mensagem alusiva ao tema, escrita pelo próprio. Onde terão ido parar as mensagens de amizade dos "ratas"?

Para acederes ao "post" seguinte sobre os "Jogos da Amizade", clica aqui.

sexta-feira, outubro 05, 2007

segunda-feira, outubro 01, 2007

Memórias do Baú CVII - Exercícios Militares


Magoito, Sintra, no fim do 3º ano (1980).

Aqui está um exemplo de uma tenda bem montada e camuflada...

Fotografados: 338/78, 358/77 e 350/77.

Para acederes ao "post" anterior sobre os Exercícios Militares, clica aqui.

Para acederes ao "post" seguinte sobre os Exercícios Militares, clica aqui.

sexta-feira, setembro 28, 2007

Major Fernandes

Hoje encontrei o Major Fernandes.

Reconheci-o imediatamente - está quase igual - e ele tembém me reconheceu, embora talvez não me tenha identificado como o homem que quase bateu o "record" da pista de combate.

O Major dava-nos muita confiança - chegava a dizer "eu dou-vos uma folha de papel em branco assinada por mim, e vocês escrevem o que quiserem" - e a malta, quase invariavelmente, abusava.

O que vale é que o Major tinha uma capacidade infinita para lidar com os nossos abusos, capacidade que, agora na reforma, coloca ao serviço da família. "Ando a tratar de assuntos dos meus filhos". E lá foi.

quarta-feira, setembro 26, 2007

Memórias do Baú CVI - Exercícios Militares


Numas noites (bem) frescas de Primavera, a parceria da camarata do 1º ano foi transferida para a Serra da Carregueira, mas desta vez sem os sacos de água quente, os radiadores de resistência e os seis cobertores.

Em vez disso, tínhamos a tradicional tenda do Exército, concebida para as noites quentes de África, pois era feita com 3 panos de 1,6 m (?) de lado, o que só permitia fechar um dos topos. Não fosse a nossa paciência de abrir "casas" para os botões num cobertor e usá-lo para fechar o outro topo, e haveria certamente alguns casos de hipotermia.

O desconforto era total. O chão era rijo e frio; as paredes da tenda ficavam geladas, e era necessário encostar-lhes as mochilas para as afastar dos dois ocupantes dos extremos; se se dormisse calçado, os pés inchavam; se se dormisse descalço, os pés gelavam (em particular para quem tinha uma altura superior à profundidade da tenda); o "pijama" (a farda) era desconfortável; o número de cobertores que levávamos era limitado, por causa do peso e volume... tudo se reunia para nos proporcionar uma experiência única.

Enfim, boas memórias... ;-)

Fotografados: 439/76, 207/78 e 357/77.

Para acederes ao "post" anterior sobre os Exercícios Militares, clica aqui.

Para acederes ao "post" seguinte sobre os Exercícios Militares, clica aqui.

sábado, setembro 22, 2007

Memórias do Baú CV - Exercícios Militares


"Como é que se vai para o Líbano?"

Sempre que íamos para um exercício militar, despertávamos a curiosidade de todas as pessoas que se cruzavam connosco. Não era normal ver miúdos de 15-17 anos fardados, armados e em veículos militares, como se fossem para um cenário de guerra.

Em Junho de 1982, Israel invadiu o Líbano, e esta guerra "entreteve" os meios de comunicação social durante meses/anos. Por isso, numa das deslocações para a Semana de Campo alguém teve a ideia de se "meter" com os condutores que paravam atrás de nós nos semáforos, alegando que o nosso condutor estava perdido, e perguntando como é que se ía para o Líbano... ;-)

Fotografados: 308/76, 572/77, ???, 522/77, 335/76, 66/77.

Para acederes ao "post" seguinte sobre os Exercícios Militares, clica aqui.

terça-feira, setembro 18, 2007

Memórias do Baú CIV - "Área Reservada"


A Rouparia

A rouparia era um dos destinos mais comuns à noite, para ir buscar roupa lavada para o dia seguinte...

Fotografados: 357/77, 207/78, 401/77 e 82/77.

Para acederes ao "post" anterior sobre a "Área Reservada", clica aqui.

terça-feira, setembro 11, 2007

A Responsabilidade de Andar Fardado

Certo dia, numa saída de quarta-feira à tarde, um aluno do Colégio, devidamente fardado, viajava sentado num autocarro da Carris completamente cheio, quando entrou uma senhora de meia-idade.

Como era já usual (e hoje é uma "regra instituída"), os homens que iam sentados fingiram que não era nada com eles: uns focaram-se mais no que estavam a ler, outros olharam pela janela "para o infinito", e outros não se deram sequer ao trabalho de disfarçar.

O aluno levantou-se prontamente para dar o lugar à senhora, que agradeceu com um comentário simpático em relação aos "Meninos da Luz", de forma a que fosse perfeitamente audível por todos os presentes.

Até aqui, tudo normal; aliás, se ele não desse o lugar à senhora, o mínimo a que se arriscava era a passar uma vergonha. Era a responsabilidade de andar fardado.

Mas acontece que a senhora era amiga do Bívar, um Sub-Director (ex-aluno) temido pela sua rigidez de cavaleiro, e em relação ao qual os alunos gostavam de manter uma distância prudente. E se o Bívar era um cavaleiro, também era um cavalheiro, e ficou tão sensibilizado com a descrição "épica" do acontecimento que lhe foi feita pela amiga, que resolveu que alguma coisa tinha que ser feita.

Assim, circulou pelo Corpo de Alunos a seguinte indicação: "deve apresentar-se no gabinete do Sub-Director o aluno que ia no 41 às tantas horas da passada quarta-feira".

O aluno em causa, após rever mentalmente vezes sem conta todas as suas acções para identificar o que é que poderia ter suscitado a ira do Bívar, e imaginar qual seria a reacção dos pais a uma punição que seria certamente pesada (para o Bívar, a escala começava em 35...), apresentou-se para a execução da sentença. Mas, para sua grande surpresa, não só não foi punido como acabou com um louvor em Ordem de Serviço, escrito em termos que fariam as conquistas de Alexandre o Grande parecer uma brincadeira de crianças.

Lembrei-me disto recentemente porque estava sentado no comboio, a trabalhar, quando entrou uma senhora de meia-idade. Os homens fingiram que não era nada com eles, mas eu tive o "azar" de estar "fardado" (com a barretina na lapela), e por isso levantei-me de imediato e continuei a trabalhar de pé.

É a responsabilidade de andar "fardado"...

sexta-feira, setembro 07, 2007

Destaques de Julho e Agosto de 2007

Este "post" apresenta os destaques do "blog" referentes aos meses de Julho e Agosto de 2007.

A "silly season" foi preenchida quase exclusivamente por duas séries:

1) No tema Memórias do Baú, a série dedicada à Viagem de Finalistas;

2) No tema Histórias do Meu Tempo de Colégio, a série dedicada às Músicas do Orfeão.

Merecem sempre destaque no "blog" o Índice Temático e os Comentários Anteriores.

quarta-feira, setembro 05, 2007

Memórias do Baú CIII - A Viagem de Finalistas

A Viagem de Regresso


Fotografados: 350/77, 62/77, 33/77, 220/77, 207/78 e 358/77.

Para acederes ao "post" anterior sobre a Viagem de Finalistas, clica aqui.

Para acederes ao "post" seguinte sobre a Viagem de Finalistas, clica aqui.

sábado, setembro 01, 2007

Músicas do Orfeão VIII - J'ai Descendu Dans Mon Jardin

J'ai Descendu Dans Mon Jardin - Canção Popular Francesa

J'ai descendu dans mon jardin (bis),
Pour y cueillir du romarin.

Gentil coquelicot, Mesdames,
Gentil coquelicot nouveau.

J'n'en avais pas cueilli trois brins (bis).

Para acederes à música anterior, clica aqui.

quarta-feira, agosto 22, 2007

Músicas do Orfeão VII - Alma Llanera

Alma Llanera - P. E. Gutiérrez, R. B. Coronado

Soy hermano de la espuma,
de las garzas, de las rosas,
soy hermano de la espuma,
de las garzas, de las rosas,
y del sol, y del sol.

Amo, lloro, canto, sueño,
con claveles de pasión,
con claveles de pasión,
para ornar las rubias crines,
para ornar las rubias crines
del potro de mi amador.

Yo nací en esta ribera
del Arauco vibrador,
soy hermano de la espuma
de las garzas, de las rosas,
y del sol, y del sol.

Y del sol.

Para acederes à música anterior, clica aqui.

Para acederes à música seguinte, clica aqui.

sábado, agosto 18, 2007

Memórias do Baú CI - A Viagem de Finalistas

Visita à École Militaire de Saint-Cyr (continuação).


Para acederes ao "post" anterior sobre a Viagem de Finalistas, clica aqui.

Para acederes ao "post" seguinte sobre a Viagem de Finalistas, clica aqui.

sábado, agosto 11, 2007

Músicas do Orfeão VI - I Want To Be Ready

I Want To Be Ready - Espiritual Negro Norte-Americano

Refrão

I want to be ready,
I want to be ready,
I want to be ready,
To walk in Jerusalem just like John.


John said the city was just foursquare,
Walk in Jerusalem just like John.
And he declared he'd meet me there,
Walk in Jerusalem just like John.

Refrão

O John, O John, what do you say?
Walk in Jerusalem just like John.
That I'll be there at the coming day,
Walk in Jerusalem just like John.

Refrão

When Peter was preaching at Pentecost
Walk in Jerusalem just like John.
He was endowed with the Holy Ghost,
Walk in Jerusalem just like John.

Refrão

If you get there before I do,
Walk in Jerusalem just like John.
Tell all my friend I'm a-comin', too,
Walk in Jerusalem just like John.

Refrão

Para acederes à música anterior, clica aqui.

Para adeceres à musica seguinte, clica aqui.

segunda-feira, agosto 06, 2007

"3 de Março" - 2003 (XI)


Fotografados: 335/76, 57/77, 459/77, "Bata", 308/76 (de costas).


Fotografados: 346/77, 403/77 e 481/77.

terça-feira, julho 31, 2007

Músicas do Orfeão V - Les Petits Poissons

Les Petits Poissons

Les petits poissons dans l'eau
Nagent, nagent,
Nagent, nagent, nagent.

Les petits poissons dans l'eau
Nagent aussi bien que les gros!

Para acederes à música anterior, clica aqui.

Para acederes à música seguinte, clica aqui.

sexta-feira, julho 27, 2007

Memórias do Baú C - A Viagem de Finalistas

Visita à École Militaire de Saint-Cyr.


Para acederes ao "post" anterior sobre a Viagem de Finalistas, clica aqui.

Para acederes ao "post" seguinte sobre a Viagem de Finalistas, clica aqui.

segunda-feira, julho 23, 2007

Músicas do Orfeão IV - Quand il est Mort le Poète

Quand il est Mort le Poète - Louis Amade/Gilbert Bécaud

Quand il est mort le poète,
Quand il est mort le poète,
Tous ses amis,
Tous ses amis,
Tous ses amis pleuraient.

Quand il est mort le poète,
Quand il est mort le poète,
Le monde entier,
Le monde entier,
Le monde entier pleurait.

On enterra son étoile,
On enterra son étoile,
Dans un grand champ,
Dans un grand champ,
Dans un grand champ de blé.

Et c'est pour ça que l'on trouve,
Et c'est pour ça que l'on trouve,
Dans ce grand champ,
Dans ce grand champ,
Dans ce grand champ des bleuets.

Para acederes à música anterior, clica aqui.

Para acederes à música seguinte, clica aqui.

sexta-feira, julho 20, 2007

Memórias do Baú XCIX - A Viagem de Finalistas


A Vitória de Samothrace

Escultura em granito representando a Deusa Grega Nike (Vitória), descoberta em 1863 na ilha de Samothrace (Grécia).

Para acederes ao "post" anterior sobre a Viagem de Finalistas, clica aqui.

Para acederes ao "post" seguinte sobre a Viagem de Finalistas, clica aqui.

sábado, julho 14, 2007

Músicas do Orfeão III - Non Posso Disperar

Non Posso Disperar - S. De Luca (15?? - 16??)

Non posso disperar!

Non posso disperar,
Sei troppo, troppo cara,
Troppo, troppo cara,
Sei troppo cara al cor.

Non posso disperar,
Sei troppo cara al cor.

Non posso disperar,
Sei troppo cara,
Sei troppo, troppo cara, cara al cor,
Sei troppo, troppo cara, cara al cor.

Il solo sperare,
Il solo sperare
D'aver a gioire
M'e un dolce languire,
M'e un caro dolor,
M'e un caro,
M'e un caro dolor.

Il solo sperare
D'aver a gioire
M'e un dolce languire
M'e un caro dolor
M'e un dolce languire,
M'e un caro dolor.

Non posso disperar!

Non posso disperar,
Sei troppo, troppo cara,
Troppo, troppo cara,
Sei troppo cara al cor.

Non posso disperar,
Sei troppo cara al cor.

Non posso disperar,
Sei troppo cara,
Sei troppo, troppo cara, cara al cor,
Sei troppo, troppo cara, cara al cor.

Para acederes à música anterior, clica aqui.

Para acederes à música seguinte, clica aqui.

terça-feira, julho 10, 2007

Memórias do Baú XCVIII - A Viagem de Finalistas


O fascínio por escadas rolantes gigantescas...

Fotografados: 151/77 e 82/77.

Para acederes ao "post" anterior sobre a Viagem de Finalistas, clica aqui.

Para acederes ao "post" seguinte sobre a Viagem de Finalistas, clica aqui.

sábado, julho 07, 2007

Músicas do Orfeão II - Belle Qui Tiens Ma Vie

Belle Qui Tiens Ma Vie - Thoinot Arbeau (1519-1595)

Belle, qui tient ma vie captive dans tes yeux,
Qui m’a l’âme ravie d’un souriz gracieux,
Viens tôt me secourir, ou me faudra mourir.

Pourquoi fuis-tu, mignarde, si je suis près de toy,
Quand tes yeux je regarde, je me perds dedans moy,
Car tes perfections, changent mes actions.

Approche donc ma belle, approche toy mon bien,
Ne me sois plus rebelle, puisque mon coeur est tien,
Pour mon mal appaiser, donne moy un baiser.

Je meurs mon Angelette, je meurs en te baisant,
Ta bouche tant doucette, va mon bien ravissant
A ce coup mes esprits, sont tout d’amour épris.

Plutôt on verra l’Onde, contre mont reculer
Et plutôt l’œil du monde, cessera de brûler
Que l’amour qui m ‘époint, décroisse d’un seul point.

Escutar em formato midi aqui e aqui.

Para acederes à música anterior, clica aqui.

Para acederes à música seguinte, clica aqui.

quarta-feira, julho 04, 2007

Destaques de Maio e Junho de 2007

Este "post" apresenta os destaques do "blog" referentes aos meses de Maio e Junho de 2007.

No tema Memórias do Baú, há a destacar a continuação da publicação de fotografias da Viagem de Finalistas.

No tema A Actualidade, há a destacar a finalização da publicação da série Onde Estão Os Ex-Alunos?, complementada com o "post" sobre A Reunião da AAACM.

"As minhas crianças" fizeram 15 anos de saída, acontecimento que também foi assinalado neste "blog".

No tema A Foice em Memória Alheia, que se destina a contar episódios da vida colegial vividos por outros camaradas, e que estes se dispuserem a partilhar, foi finalizada a série A Última Vítima do Grizzly. Esta série é um relato na 1ª pessoa de uma das cenas mais curiosas vividas nos meus primeiros anos de Colégio, e cuja leitura é obrigatória. Agradeço mais uma vez ao "Chaminhas" o ter aceite partilhar connosco esta "pérola" da curiosidade infantil.

No tema Histórias do Meu Tempo de Colégio, foi publicado um "post" sobre O Orfeão Colegial, tendo sido iniciada a publicação de letras das músicas cantadas na época.

Merecem sempre destaque no "blog" o Índice Temático e os Comentários Anteriores.

segunda-feira, julho 02, 2007

Memórias do Baú XCVII - A Viagem de Finalistas


Uma refeição na Caserne Mortier. Seriam os famosos ravioli?

Fotografados: "Bata", Coronel Pinto Ribeiro, 357/77, 82/77, 522/77, 346/77, 481/77, 187/77, 358/77, 151/77 e 492/77.

Para acederes ao "post" anterior sobre a Viagem de Finalistas, clica aqui.

Para acederes ao "post" seguinte sobre a Viagem de Finalistas, clica aqui.

quinta-feira, junho 28, 2007

"Queda na Máscara"

Local/Evento: Carregueira, Semana de Campo.

Intervenientes: O "Matumbo" (um Aspirante que tinha a mania que era "duro") e algumas patrulhas de alunos.

Assunto: Instrução de "queda na máscara".

Depois de ter explicado a técnica da "queda na máscara", o "Matumbo" mandou os alunos colocarem-se em duas filas paralelas. À sua ordem, avançariam em corrida ligeira dois a dois e, perante a voz de "já!", fariam "queda na máscara" no sítio onde se encontrassem.

Só falta referir que o "Matumbo" tinha escolhido um campo cheio de arbustos rasteiros e com espinhos, e que, por uma enorme coincidência, gritava "já!" sempre na pior altura.

É claro que a "malta", ao ouvir o "já!", e apesar da exposição ao fogo do IN, procurava calmamente o sítio com menos arbustos e deitava-se com jeito para não se magoar.

O "Matumbo" estava furioso. Gritava que era preciso ir para o chão no momento certo, e que era preciso usar bem a técnica, ou seja, a primeira coisa a tocar no chão eram os joelhos, e depois era a coronha da G-3, de forma a amortecer a queda do corpo e a que o movimento de queda do corpo levasse a que a arma ficasse apontada para a frente, pronta a fazer fogo sobre o IN.

"Tenho medo de partir a coronha da G-3", argumentou um dos alunos, para justificar a forma "confortável" como se deitou. "Partir a coronha? Podes bater com a força que quiseres, que isso não se parte. Fiz isto centenas de vezes nos Comandos, e nunca se partiu."

Dito isto, o "Matumbo" avançou para demonstrar a utilização da técnica. Para começar, escolheu a direcção com mais arbustos, o que só lhe ficou bem. Depois avançou, em passo de corrida, e executou a técnica de forma decidida e irrepreensível.

Infelizmente, o efeito didáctico da demonstração não foi exactamente o pretendido, dado que, ao entrar em contacto com o chão, a coronha da G-3 se partiu, e o "Matumbo" ficou sem o factor que iria amortecer a sua queda, para além de não ter terminado com a arma apontada ao IN.

Mas, pior do que a dor da queda desamparada em cima dos espinhos, foi a dor da vergonha passada em frente a dezenas de Colegiais, que se riram "a bandeiras despregadas" durante meses com este incidente. E, se o respeito por ele já não era muito (talvez a alcunha de "Matumbo" dê alguma pista...), a partir daí foi nulo... ;-)

domingo, junho 24, 2007

Músicas do Orfeão I - Tant Que Vivray

Tant Que Vivray - Claudin de Sermisy (1495-1562)

Tant que vivray en aage florissant,
Je serviray Amour le Dieu puissant,
En faict, et dictz, en chansons, et accords.
Par plusieurs jours m'a tenu languissant,
Mais apres dueil m'a faict resjouyssant,
Car j'ay l'amour de la belle au gent corps.
Son alliance
Est ma fiance:
Son cueur est mien,
Mon cueur est sien:
Fy de tristesse,
Vive lyesse,
Puis qu'en Amours a tant de bien.

Quand je la veulx servir, et honnorer,
Quand par escriptz veulx son nom decorer,
Quand je la voy, et visite souvent,
Les envieulx n'en font que murmurer,
Mais nostre Amour n'en sçauroit moins durer:
Aultant ou plus en emporte le vent.
Maulgré envie
Toute ma vie
Je l'aymeray,
Et chanteray:
C'est la premiere,
C'est la derniere,
Que j'ay servie, et serviray.

Escutar em formato midi aqui.

Para acederes à música seguinte, clica aqui.

quarta-feira, junho 20, 2007

O Orfeão Colegial

O Orfeão Colegial era, na minha opinião, uma "elite", pela missão de representação do Colégio que desempenhava, geralmente com grande sucesso.

Porque é que eu não o referi, juntamente com as outras "elites", na série As Elites da Elite? Simplesmente porque este estatuto estava longe de ser consensual - antes pelo contrário: para muitos alunos, pertencer ao Orfeão era um "mal necessário", e só enquanto era mesmo necessário.

Num meio exclusivamente masculino, em que os referenciais de atitude eram dados pelos "12 Indomáveis Patifes" e "Os Gansos Selvagens", cantar "Minha Amora Madurinha", "Ó Cigarra, Cigarrinha" ou "Cuidadosos os Burrinhos" não era propriamente compatível.

Por isso, a "malta" mais "rufia" fazia tudo para não ser seleccionada para o Orfeão, o que incluía cantar o pior possível nas audições feitas pelo Padre Miguel. Quem era seleccionado, fazia muitas vezes o papel de "ai que frete" para não "ficar mal na fotografia".

O Padre Miguel tinha, na minha opinião, muito pouco de padre. Apesar da forma de aplicar castigos, cujo rigor e força denunciava claramente a frequência de um seminário no tempo do antigo regime, nunca o vi celebrar nenhuma missa nem lhe identifiquei grandes características de "pastor de almas". Também me parece que tinha pouco de professor de música; ensinar colcheias e semicolcheias a "putos" de 10 anos parecia não ser coisa que o motivasse muito. O Padre Miguel era, isso sim, o Maestro Miguel Carneiro, especialista na formação e ensaio de grupos corais, trabalhando primeiro cada cantor de forma individual, depois pequenos grupos, e finalmente todo o conjunto, até atingir o resultado desejado. E, nesta função, ele era de facto excepcional.

O Orfeão Colegial deixava uma excelente impressão em todos os locais onde actuava, com o seu repertório que incluía músicas de uma grande variedade de estilos e épocas, e cantadas em várias línguas: Português, Francês, Inglês, Italiano e Castelhano, incluindo variantes medievais de algumas destas línguas.

Guardo recordações espectaculares dos meus anos de participação no Orfeão, nomeadamente:

1) Na gala dos 175 anos do Colégio, cantar o Hino do Colégio e o Hino Nacional a quatro vozes. Inesquecível. Nunca mais ouvi o Hino Nacional tão bem cantado como nós o cantámos.

2) Nas missas do "3 de Março", na Igreja de S. Domingos, cantar com uma pequena orquestra de cordas (que fazia apenas um ensaio connosco). Divino.

O Padre Miguel Carneiro marcou uma época no Orfeão Colegial. Tenho orgulho em ter feito parte dessa época.

sábado, junho 16, 2007

Memórias do Baú XCVI - A Viagem de Finalistas


Uma performance de rua, em frente ao Centre Georges Pompidou.

Para acederes ao "post" anterior sobre a Viagem de Finalistas, clica aqui.

Para acederes ao "post" seguinte sobre a Viagem de Finalistas, clica aqui.

terça-feira, junho 12, 2007

A Última Vítima do Grizzly (Parte IV)

Continuação de A Última Vítima do Grizzly (Parte III).

O Epílogo

Após ter sentido o "hálito" quente do Grizzly, qual "maldição faraónica" reservada a quem perturba o descanso de um guerreiro, o "chaminhas" correu para a Enfermaria.

O enfermeiro de serviço, habituado a tratar feridas nos joelhos e cotovelos, alguns braços e pernas partidos, e também alguns casos de "falquite" (em especial à hora das aulas de equitação), não esperava ter que lidar com uma situação destas. De acordo com o relato do "chaminhas", "quando eu entrei, o enfermeiro começou a rir-se de mim, porque pensou que eu tinha caído de cabeça na lama." Dá para imaginar o aspecto...

Quais foram as consequências?

"Queimei a cabeça, desde a zona dos olhos até à nuca, com maior incidência do lado esquerdo do crânio."

"O olho esquerdo inchou e tive que pôr pomada dentro do olho. A pele da orelha esquerda acabou por ficar seca e quebradiça e depois foi caindo. Durante uns anitos, fiquei com a pele da zona afectada mais escura que a restante, o que veio a disfarçar com o tempo, até desaparecer."

"Se não usasse óculos, podia ter ficado cego, pelo menos do olho esquerdo, que foi o mais afectado. Os óculos não deixaram a chama bater em cheio nos meus olhos. Eu, de facto, cheguei a ver a chama, porque bateu nos óculos de frente e foi suficiente para eu 'tirar a fotografia'. Se tivesse levado com a chama em cheio de frente nos olhos abertos, não sei o que teria acontecido."

"Lembro-me de estar na enfermaria com a cabeça ligada, vestido, deitado em cima de uma cama em repouso, e de entrarem os meus pais, com a minha mãe a chorar desalmadamente e a vir abraçar-se a mim e eu a pensar: mas o que é que se passa? Acontece que alguém tinha telefonado para os meus pais a dizer que eu estava TODO queimado…"

A recuperação demorou alguns meses, sendo que nos dois primeiros o "chaminhas" andou com a cabeça "entrapada". "Depois dos primeiros dias em que realmente me ardeu, eu andava porreiro da vida, entrapado como um gajo que veio da frente de combate e tinha a atenção de toda a gente e dos meus amigos lá da rua".

O comportamento mudou após o incidente?

"Não. Ou se mudou, tornou-me mais pirómano ainda. ;-)"

sexta-feira, junho 08, 2007

Memórias do Baú XCV - A Viagem de Finalistas


A acolhedora Caserne Mortier...

Para acederes ao "post" anterior sobre a Viagem de Finalistas, clica aqui.

Para acederes ao "post" seguinte sobre a Viagem de Finalistas, clica aqui.

segunda-feira, junho 04, 2007

Curso de 1984/92 - 15 Anos de Saída

No passado dia 1 de Junho, o curso de 1984/92 comemorou os 15 anos de saída do Colégio.


Este é o curso do qual fui graduado no seu 1º ano, e que designo como "as minhas crianças".

Tenho excelentes memória dessa experiência como graduado, e foi para mim uma grande satisfação ter sido um "penetra" em parte desta comemoração e poder rever alguns camaradas que não já via há muitos anos, bem como confirmar o excelente relacionamento que o "núcleo" do curso tem mantido ao longo dos anos.


Os últimos anos têm sido pródigos em placas diferentes da tradição, quer nos materiais utilizados, quer nos textos gravados. A placa do curso de 1984/92 foi uma verdadeira surpresa, pois inova nos materiais e na mensagem implícita, fazendo uma metáfora da união da "família Colegial" e da "cicatrização" de feridas abertas no passado (do tipo "Fixes" e "Não-Fixes"), sendo a mensagem representada por duas secções que encaixam na perfeição e que são unidas por um "penso rápido".


Ou isso, ou então a placa partiu-se ao ser colocada e alguém lhe colou um "penso rápido" na brincadeira. ;-)

Recordei em especial o 325, já falecido, e o facto de este todos os dias passar os "intervalos grandes" na Sala de Visitas, a poucos metros do local onde foi descerrada a placa, a comer a "bolama" que a mãe lhe trazia, em visitas destinadas a suprir as carências da alimentação Colegial e... do internato. Por ele, todos dissemos "Presente".

quinta-feira, maio 31, 2007

A Reunião da AAACM

Estive presente na reunião organizada pela AAACM no passado dia 19 de Maio.

Embora tenha chegado atrasado, fiquei com a sensação de que tinha chegado na "Hora H", pois tinha acabado de ser projectado um slide que apresentava a variação do número de sócios ao longo dos últimos anos.


Perante este quadro, fiquei "abananado". Finalmente percebi a razão da convocatória: perante uma situação destas, era óbvio que se justificava um "Estado de Emergência".

O quadro foi apresentado com alguma nota de preocupação, até porque também foi referida "uma redução muito significativa dos donativos", mas também houve uma nota de optimismo, porque, apesar de tudo, o número de sócios estava a aumentar. Havia alguns problemas com as cobranças, porque a "malta" se esquece de pagar, etc, etc.

E a reunião continuou. Falou-se da nova sede, do "Quem é Quem", etc., mas aquela informação não me saía da cabeça.


"O número de sócios pagantes diminuiu quase 30% nos últimos 4 anos! A nossa única receita segura diminuiu quase 30% nos últimos 4 anos! E não entramos em "Estado de Emergência"? E vamos construir uma sede nova? Com que dinheiro é que a vamos pagar?"

Eu já estava preocupado com o reduzido número de sócios, o que me levou a realizar a análise que publiquei na série Onde Estão Os Ex-Alunos?, mas estava longe de imaginar que só 46% dos sócios é que pagam as quotas.

A nossa Associação, que é o nosso único mecanismo de pressão para garantir que o nosso Colégio continua a existir e a formar jovens qualificados e empenhados em Servir o País, está nas mãos de 759 sócios, menos de 20% do número de ex-alunos vivos... é mau demais.

No final da reunião, na sessão de perguntas e respostas, os presentes estavam preocupados em saber se a nova sede vai ter acessos para deficientes, se a revista vai ser distribuída em PDF, etc.

Aqui fiquei ainda mais preocupado. "Estamos a ficar sem sócios! Estamos a ficar sem dinheiro! Não devíamos era estar a fazer alguma coisa para resolver este problema?"

Levantei-me e fiz uma intervenção de alguns minutos a explicar que, na minha opinião, não estávamos a discutir o ponto principal, que era o da falta de sócios pagantes (o único tipo de sócios que conheço), e do perigo que isso representa para o nosso futuro, e do que temos que fazer para ir buscar para a Associação todos os que não pagam e os que não são sócios. Fui ouvido com atenção, foi-me explicado que havia um grupo de sócios que estava a telefonar para os outros para lhes lembrar que têm quotas para pagar, e a reunião prosseguiu.


Usando a minha habitual ironia, poderia terminar escrevendo "afinal está tudo bem; não há motivo para preocupações", mas acho que este tema é demasiado sério para ironias: estou muito preocupado.

Os sócios são a nossa "fonte de vida". Sem sócios, não há dinheiro; sem dinheiro não há estrutura; sem estrutura, não há Associação. "No money, no clowns".

Um sócio que não paga, está distraído e pode ser alertado; um sócio que não paga há 4 anos, presumindo que está vivo, ou está muito distraído, ou mudou de casa e as revistas têm ficado na portaria do prédio. Vai pagar os retroactivos? Vai continuar a ser sócio? Vai continuar distraído?

Precisamos rapidamente de entrar em "Estado de Emergência". Temos que perceber quem é sócio e quem não é, e tentar aumentar o número de sócios, comprometendo-nos eventualmente com uma redução do valor da quota anual, caso o número de sócios aumente significativamente.

E, como é óbvio, todas as despesas significativas deverão ser analisadas face às receitas existentes.

Pela minha parte, estou disponível para "arregaçar as mangas". Há mais voluntários?

domingo, maio 27, 2007

Memórias do Baú XCIV - A Viagem de Finalistas


Para acederes ao "post" anterior sobre a Viagem de Finalistas, clica aqui.

Para acederes ao "post" seguinte sobre a Viagem de Finalistas, clica aqui.