segunda-feira, abril 10, 2006

Memórias do Baú XLI - A "Mocada"


Em 1984, a honra de ler o discurso de vitória dos Portugueses na "Mocada" coube a dois "sorjas" da 1ª. O que terá justificado tamanha distinção?

O mês de Novembro aproximava-se do fim, e a data da "Mocada" estava cada vez mais próxima. Como é habitual em situações em que não há liderança, as coisas vão andando, até que alguém, quase no fim do prazo, "salta para a frente" e as coisas acontecem. Nem sempre da melhor forma, porque o tempo de preparação é um factor importante, mas acontecem.

Um desses "alguéns" era o Rosa (339/78), que saltou para "puxar a carroça" em vários momentos decisivos ao longo do curso.

Já em plena semana da "Mocada", o Rosa chamou a si a responsabilidade de escrever o discurso, tendo-me pedido ajuda nesta tarefa. Sendo a "Mocada" na 6ª feira, combinámos que ele escreveria uma primeira versão na 4ª feira à tarde, em casa, e que na 5ª feira à noite daríamos os retoques finais e integraríamos as minhas sugestões.

Na 5ª feira de manhã o Rosa ficou doente em casa. Através do seu vizinho "Rodinhas" (79/77), enviou um esboço do discurso, eventualmente mais esboço do que ele próprio gostaria que fosse.

Até 6ª feira à hora da "Mocada", foi uma "corrida contra o tempo" para escrever um discurso que, ainda que não "arrasasse", pelo menos não nos envergonhasse... Pedi ajuda ao "Kika" (467/77), que trabalhou comigo no discurso e o ajudou a passar a limpo. Tradicionalmente o discurso era escrito em papel higiénico, mas no nosso caso mal houve tempo para o escrever em papel normal, quanto mais em papel higiénico.

Quando chegou a "hora da verdade" e o "leitor de serviço" avançou, rapidamente se concluiu que os únicos capazes de ler o discurso com a fluência necessária eram os que o tinham escrito. E assim foi.

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2 comentários:

Anónimo disse...

Correcção do visado: não me levantava às 6 da manhã, era "apenas" aí pelas 06:30, já mais lusco que fusco...

Anónimo disse...

Gosto do pormenor do lançamento do papel higiénico à multidão mesmo sem discurso.
Frufru (358/77)