A "Tecnica do Arantes" (Parte I)
Continuação de A "Técnica do Arantes" (Introdução).
No início da década de 80, foi construída no Colégio uma "pista de combate" para complementar a formação do Curso Geral de Milicianos (CGM) que era ministrada nos últimos anos do curso.
O início da pista era no topo Oeste do campo de futebol, junto à estrada que sobe do Pavilhão de Ciências para o Ginásio; a pista seguia depois paralela ao campo de futebol, entre a pista de atletismo e as bancadas, e fazia uma curva a acompanhar a pista de atletismo, passando por trás das sebes, e indo acabar na estrada que passa atrás do refeitório.
A "pista de combate" tinha pouco mais de uma dezena de obstáculos, após o que se seguia uma corrida de cerca de 30 metros, terminando numa descida abrupta até à estrada que passa atrás do refeitório.
O último obstáculo era um dos mais "indesejados": a "Escada Chinesa". A "Escada Chinesa" era constituída por quatro troncos afastados e com uma altura crescente, que eram subidos em corrida (quanto mais devagar, mais difícil era subi-los), após o que se saltava para o chão e se seguia até ao final.
O problema é que, sendo o último obstáculo, os alunos já lá chegavam completamente "rotos", e ainda tinham que ter cuidado para subirem sem cair nem perder a velocidade, para depois saltarem para o chão (leia-se caírem como um "saco de batatas"), levantarem-se, e correrem até ao final.
A essência da "Técnica do Arantes" era a gestão do esforço. Em vez de dar tudo o que tinha e "arrastar-se" na fase final, o Arantes poupava ao longo dos obstáculos a energia necessária para um "sprint" vigoroso desde o salto da "Escada Chinesa" até ao final.
"Arrancou que nem uma flecha!", dizia o Major Fernandes com admiração, encorajando-nos a usar a "Técnica do Arantes".
Mas a "Técnica do Arantes" tinha os seus segredos...
Continua em A "Técnica do Arantes" (Parte II).
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