A "Tecnica do Arantes" (Parte II)
Continuação de A "Técnica do Arantes" (Parte I).
O segredo da "Técnica do Arantes", mais do que numa sábia gestão de esforço, assentava numa demonstração de ilusionismo digna do grande Mestre Houdini.
O Arantes dava o máximo até ao topo da "Escada Chinesa" e depois deixava-se cair, ficando estendido no chão. O "Arantes" que arrancava "como uma flecha" rumo ao final da prova era o Pestana (288/77), um dos alunos mais rápidos do curso.
Toda esta "ilusão" era ocultada do "público" pelas sebes e pelo facto de a prova terminar numa descida abrupta para fora do alcance da vista de quem, como o instrutor - o Major Fernandes -, se encontrava no início da pista.
A diferença de ritmos de corrida naquela fase da prova era tão evidente, quer entre o Arantes de antes e de depois da "Escada Chinesa", quer entre o Arantes e os outros camaradas, que esperávamos que a qualquer momento a ilusão fosse descoberta. No entanto, esta técnica foi usada várias vezes, sempre com sucesso e rasgados elogios por parte do Major, que incentivava os restantes alunos a utilizarem-na.
Foi preciso esperar alguns anos para que uns "nabos" de um curso mais novo se deixassem apanhar, porque não verificaram que no campo de obstáculos estava um oficial a montar a cavalo... e a ver tudo o que se passava do outro lado do "palco"! ;-)
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