A Última Vítima do Grizzly (Parte III)
Continuação de A Última Vítima do Grizzly (Parte II).
O Incidente
O incidente aconteceu no fim do 2º ano (1978/79), na época de exames. A maioria do Batalhão Colegial já estava de férias, tendo ficado no Colégio apenas os cursos que tinham exames.
O que é que aconteceu?
Nas palavras do "chaminhas": "Resumidamente, fui espreitar para dentro do depósito de combustível do 'Sherman' com um fósforo. Nota: o fósforo estava aceso."
É simples... ;-)
Mas há alguns detalhes curiosos, revelados pela primeira vez nesta conversa, que fazem alguma diferença, e mudaram a minha percepção sobre o incidente.
"O meu objectivo era o de espreitar para o interior do depósito. O depósito tinha uma protecção blindada que se encontrava aberta, deixando a descoberto a verdadeira tampa do depósito, que já alguém tinha levado para casa. O depósito estava completamente exposto às intempéries."
"Eu espreitei lá para dentro e vi que continha um líquido no fundo. Pensei: 'deve ser água da chuva'. Para o comprovar, apanhei um ramo que estava em cima do 'Sherman' e que tinha caído de uma daquelas árvores da parada que deitavam aquele 'algodão' todo, limpei-o de folhas e ramitos, e inseri-o no depósito, até ao fundo, de modo a molhar a ponta no tal líquido."
"Depois, cá fora, tentei pegar fogo à ponta do ramo para ver se era combustível. Não ardeu, pelo que concluí que deveria ser água da chuva."
"Depois, a curiosidade fez-me querer ver com mais clareza o interior do depósito. Não havia nada que me indicasse que não era seguro. Acendo um fósforo, vou a aproximar a cara da abertura, ao mesmo tempo que faço o mesmo com o fósforo para ter tempo de vislumbrar o interior do depósito antes que o amorfo se apagasse ao cair na água do fundo, e… nem tive tempo de me aproximar mais, porque os vapores, com os quais eu não contava e que se encontravam ainda dentro daquele depósito fatal (que, pensando bem, não deve ser assim tão pequeno como isso), trataram de me tornar uma lenda viva nos anos vindouros (yeah, right)."
"E eu, depois de me queimar, saltei lá de cima para o chão (o que fazia pelo menos 2 vezes a minha altura), apanhei o meu barrete, que tinha sido projectado à distância pelo jacto de fogo, e fui a correr para a enferma."
E o som? "Foi 'voooosshhhh', do género instantâneo. Se fosse 'buuuummmm', acho que tinha ido parar ao pé do meu barrete, e não todo ao mesmo tempo, he he he."
Continua em A Última Vítima do Grizzly (Parte IV).
2 comentários:
Só no nosso Colégio é que isto acontece...
Naaaaah!
Se todas as escolas tivessem um Sherman em exposição haviam de ver as RESMAS de putos com a cabeça queimada que iam aparecer nos hospitais... ;D
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