As Elites da Elite (Parte II)
Continuação de As Elites da Elite (Parte I).
A Escolta a Cavalo
Nos meus tempos de Colégio, a Escolta a Cavalo era, no seu espírito, o exemplo mais genuíno do que devia ser uma elite no contexto colegial: um grupo com admissão limitada, por candidatura, com uma "mística" e um conjunto de regras próprias, e com uma disciplina rígida.
Nas missões que era chamada a desempenhar no contexto do Colégio, fosse a cavalo ou a pé, a Escolta a Cavalo deixava sempre uma imagem de rigor e disciplina.
A Escolta exercia sobre mim o fascínio próprio dos grupos restritos, para os quais não conseguiamos deixar de querer ser convidados. Por isso, lá fui eu no 3º ano a um "despeneiranço", apesar de já ter uma sensação de que a minha relação com os cavalos não ia ser famosa... chumbei, naturalmente!
Nem tudo era perfeito. Havia camaradas, autênticas "sandes de sela" (besta-sela-besta) ou, usando uma expressão do "Bata", "fracções impróprias" (a besta maior estava em cima), que achavam que eram mais "Meninos da Luz" do que eu por serem da Escolta. Quando esses camaradas chegavam a graduados, o seu "estatuto de imunidade" permitia-lhes demonstrar que os restantes camaradas lhes mereciam menos respeito do que os solípedes. Apesar de tudo, eram excepções que não desvalorizavam a boa imagem da escolta (mas que irritavam o pessoal, ai isso sim!).
Sempre que vou ao "3 de Março" e tenho a oportunidade de assistir ao desfile completo, vejo a Escolta como a "cereja em cima do bolo". E aqueles "cavalinhos de circo" da GNR, até eu montava... ;-)
Continua em As Elites da Elite (Parte III).
5 comentários:
Parabéns a você...
Presumo que o "você" seja o Colégio, dado que hoje é dia 3 de Março, certo?
Não sejas tão engenheiro, tás a fazer debugging? Claro que hoje é 3 de Março mas nunca vi a letra a ser alterada para "ti". Mas prontos, eu corrijo, espero que agora possam continuar:
Parabéns a ti...
Era só para perceber que anonymous era este "anonymous". Com vários anonymous a "postar", um gajo baralha-se. Agora fiquei esclarecido.
Gonçalo, o meu terceiro ano é o ano de que tenho menos recordações. Quase só "névoa"... Nada que umas sessões de hipnose não esclareçam.
Uma possível explicação: estava na 2ª (foi o meu único ano na 2ª), e aconteciam coisas sem muita lógica, o que é comum acontecer na 2ª.
Outra possível explicação: devido a um qualquer acerto numérico, passei da turma B, que era a dos "marrões atinados" (o meu lugar) para a turma C, que era a dos "índios". Mais tarde percebi que esta mudança foi uma coisa boa, mas na altura "doeu"... Porquê eu? Porquê só eu?
No meio disto, não me lembro como é que fui parar a um "despeneiranço", mas lá que fui, fui.
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