quarta-feira, novembro 04, 2009

A Violência de Sempre - Errata

Na página 72 da revista "Sábado", no artigo "A violência de sempre",

onde se lê...

"Naquela noite, já a meio do seu primeiro ano, João Oliveira Santos foi arrancado da cama, com outros 10 ou 15 colegas, e despido. Aguentou de pé, enquanto os mais velhos espalhavam tinta plástica - própria para pintar paredes exteriores - pelo seu corpo com uma trincha."

... deve ler-se...

"Naquela noite, a última do primeiro período escolar do seu segundo ano, João Oliveira Santos foi pintado, juntamente com centenas de outros colegas, como é tradição no Colégio Militar há décadas.

As pinturas são tradicionalmente feitas com guache dissolvido em água morna, para os alunos não acordarem (objectivo impossível de atingir devido à algazarra que se gera), com a eventual adição de pasta de dentes para aumentar a quantidade de tinta. No entanto, nesse ano, um pequeno grupo de graduados, por negligência ou estupidez, utilizou tinta plástica - própria para pintar paredes exteriores. Como resultado, houve alunos que tiveram que receber tratamento de enfermagem.

Os responsáveis foram identificados e punidos com expulsão ou desgraduação (perda de responsabilidade de comando dos alunos mais novos), e este incidente permaneceu como um caso isolado na longa história da tradição.
"

Podem ver-se fotografias das "Pinturas" de 1984/85 aqui, aqui, aqui e aqui. De referir ainda que o autor deste blog faz parte do curso do Antigo Aluno entrevistado para a "Sábado", ou seja, estava lá e viveu os acontecimentos.

5 comentários:

Vasco Elvas disse...

Que fotos mais deliciosas. Que bons velhos tempos. Zacatraz!

Pedro Dias disse...

SEMPRE que eu sabia a VERDADE sobre o que contavam numa notícia, a notícia tinha erros GROSSEIROS! Cambada de incompetentes. Também não se pode esperar melhor de alguém que TODOS os dias tem de escrever sobre algo, claro que é impossível fazer uma investigação cuidada. Isso somado à necessidade de vender, dá nesta péssima qualidade de Jornalismo.

Pandas disse...

Obrigado por esta Errata.

A necessidade de destruir dos jornalistas da Sábado é condenável.

Vou partilhar pelos meus amigos.

Miguel Souto disse...

Tem graça. Por acaso fui um dos pintados e que fui parar à "enferma".
E o que está descrito nesta errata é totalmente verdade.
Nessa altura podia-se expulsar os alunos. Hoje é proibido.
E foram vários os graduados que foram expulsos ou suspensos por 10 dias e que depois foram desgraduados. Foi uma vergonha para eles. Alunos finalistas. Mas cumpriram-se os regulamentos; houve “justiça”.
Curioso é que ainda me encontro com os que me pintaram e abraçamo-nos com força, como fossemos (e somos) irmãos.
As “coisas” foram bem resolvidas entre nós.
Aprendemos e crescemos.
Zacatraz

Pedro Gonçalves disse...

Assim se repõe a Verdade.
Que belas fotos! Que pena que eu tenho de não ter tirado quando fui graduado na 1a. Um bem hajas pela partilha de memórias desta tradição.
Zacatraz
Pato 144/91