sexta-feira, junho 30, 2006

O Aluno com Maior Percentagem de Medalhas Conquistadas (Parte IV)

Continuação de O Aluno com Maior Percentagem de Medalhas Conquistadas (Parte III).

Curiosidade nº 3

Pergunta: Quantas medalhas "destas" era possível ganhar?

Resposta: Duas.

Na reforma de 1950, foi criada a "Medalha de Mérito", com o objectivo de distinguir os "totalistas": quem chegava ao fim do 5º ano e tinha conquistado todas as medalhas possíveis, ganhava a "Medalha de Mérito de Prata"; quem chegava ao fim do 7º ano e tinha conquistado todas as medalhas possíveis, ganhava a "Medalha de Mérito de Ouro".

O Caetano chegou ao fim do 5º ano conquistando todas as medalhas possíveis, tendo ganho a "Medalha de Mérito de Prata".

No ano lectivo seguinte, as medalhas foram revistas. A "Medalha de Mérito" deu lugar à "Medalha do Fundador do Colégio Militar", cuja atribuição era subjectiva, baseada no perfil do aluno e não no número de medalhas conquistadas. Esta nova medalha passou a ser atribuída nos dois últimos anos do curso, ou seja, no 6º e no 7º.

O Caetano chegou ao fim do 6º ano e foi-lhe atribuída esta nova medalha.

No ano lectivo seguinte, foi criado o 8º ano. Os dois últimos anos a que se referia a nova medalha passaram, assim, a ser o 7º e o 8º. O Caetano conquistou, então, a "Medalha do Fundador do Colégio Militar" por mais duas vezes.

Assim se explica que o Caetano tenha quatro medalhas de "Mérito/Fundador do Colégio Militar", quando o máximo em cada ano foi sempre de duas, compreendendo-se também como é que ganhou 17 medalhas (e podia ter ganho 18), quando o máximo teórico era de 16. É, assim, o aluno com maior percentagem de medalhas conquistadas face ao máximo teórico para a sua época (106,25%).

5 comentários:

souvant disse...

Há ainda uma "4ª curiosidade" que pode ser apenas fruto da minha própria curiosidade:

Onde estão as medalhas de aptidão física e militar (penso que eram assim denominadas) do 1º e 2º anos? Não eram atribuídas nessa altura?

Do que me lembro entre 1984 e 1992 no 1º ano não haviam medalhas; apenas diplomas (o que dava direito a usar o lacinho na farda de pano, mas que não tinham correspondente na de gala, logicamente). De resto, em todos os outros anos existiam as medalhas de aplicação literária e de aptidão física e militar, mais as do fundador, o que mais uma vez prefaz 16 possíveis.

Na altura em que foi alargado o curso para 8 anos, não haviam medalhas em todos os (8) anos?

Um abraço,

Pedro "38" Branco

Pedro Chagas disse...

Naquela altura não havia medalhas nem diplomas de Aptidão Militar e Física para o 1º e 2º anos. Só na reforma de 1980 é que terá passado a haver diplomas, e mais tarde (não sei quando) é que passou a haver medalhas.

cai de costas disse...

Chagas,
Esta minha mensagem é claramente atrasada face à publicação das tuas curiosidades sobre medalhas.
O Caetano é do meu curso e era sem dúvida um aluno absolutamente brilhante - e é hoje um militar com uma carreira brilhante.
Não obstante as imensas qualidades do Joca, de quem sou amigo, pelo teu critério de medalhas ele era (ainda que tangencialmente) "apenas" o número 2 do curso e talvez não tivesse comandado o Batalhão caso o teórico número 1 não tivesse decidido emigar para os EUA onde terminou o 12º ano de escolaridade: se tiveres paciência, investiga o curriculum do 662/74, Carlos Pina Teixeira, que ao final do 7º ano tinha 15 das 14 possíveis - feito igual ao do 641, com a diferença de a do 1º ano ser de ouro.
Não detenho dados, mas acredito que numa investigação mais aprofundada irás constatar que esse curso (74-82) deve ter sido um dos que, se não o que mais medalhas conquistou. E não, não julgo que fosse fácil demais - eu serei a prova disso mesmo.
Abraço

Pedro Chagas disse...

O 662 era de facto (também) um fenómeno, e tive pena, enquanto aluno, que ele não tivesse concluído o curso no Colégio.

Em termos de números, o que diz a base de dados que consultei - e que pode estar errada - é que ele ganhou "apenas" 13 medalhas. Falhou a de literárias do 6º ano (talvez por causa do que refiro em http://cm-357.blogspot.pt/2006/01/as-medalhas-que-ningum-ganhou-parte-i.html) e a medalha do Fundador também do 6º ano (provavelmente pela mesma razão).

Em termos absolutos, e numa análise "a olho", o curso que ganhou mais medalhas foi de 1972, e o 2º foi o de 1974 (184 vs 179). Faltaram as tuas... :-)

cai de costas disse...

Permito-me duvidar da fiabilidade desses teus dados - custa-me a acreditar que ao 662 tivesse faltado a meia medalha que fosse.
Relativamente aos cursos com maior quantidade de medalhas: fizeste alguma estatística (a olho, que fosse) que levasse em linha de conta o tamanho do curso (medalhas per capita)?
Abraço

"As minhas" estão lá: é apenas uma!