Memórias do Baú XXVII - Frases Lapidares
Continuação de Memórias do Baú XXVI - Frases Lapidares.
A "Chama" Que "Arde" em Cada "Menino da Luz" (Parte II)
Uma das formas mais interessantes de "extintorar" camaradas era... nas latrinas.
As portas das latrinas do Corpo de Alunos fechavam-se, mas não se trancavam. Assim, quando algum graduado era observado a dirigir-se às latrinas, rapidamente se colocava em marcha o "dispositivo de ataque".
Em primeiro lugar, era preciso dar algum tempo. Pelo menos o tempo necessário para que levantar-se e tentar responder ao ataque não fosse uma opção para o "alvo" (já que fugir era completamente impossível). Em seguida, o grupo atacante, geralmente formado por dois elementos, dirigia-se silenciosamente para as latrinas, carregando consigo o extintor. Uma vez localizada a latrina ocupada pelo "alvo", assumiam-se as posições de ataque.
O 1º elemento carregava o extintor e colocava-se em frente à zona para a qual a porta abriria, pronto a "disparar". A missão do 2º elemento era a de rodar a maçaneta e abrir a porta o mais depressa possível, mantendo-se sempre fora do ângulo de ataque.
Após um sinal visual de "pronto!", o 2º elemento abria a porta com rapidez e o 1º elemento "disparava" após uma fracção de segundo, logo que o ângulo de abertura permitia a passagem do jacto de pó.
O resultado era indescritível: o "alvo", muitas vezes distraído a ler, reagia por instinto tentando proteger a cara, e ficava todo coberto de pó químico, restando-lhe apenas, uma vez recuperado do susto, a opção de insultar os agressores, já que persegui-los não era uma opção...
Fotografados: 207/78 e 439/76.
Continua em Memórias do Baú XXVIII - Frases Lapidares.
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