segunda-feira, fevereiro 27, 2006

Memórias do Baú XXX - Frases Lapidares

Continuação de Memórias do Baú XXIX - Frases Lapidares.

No Colégio, Aprendemos a Ver Mais Longe (Parte II)


A proximidade das travessas (ver fotografia) garantia a sustentação do telhado mesmo sem algumas telhas, mas tornava mais difícil a remoção das telhas e a passagem para o exterior.

A saída para o telhado era feita pelo lado interior da camarata do 1º ano. Depois, uma vez no exterior, podíamos finalmente ver mais longe... Na altura, ainda não tinham sido construídos os balneários actualmente existentes entre as camaratas, pelo que era possível ter uma perspectiva mais vasta do Colégio.

A deslocação pelo telhado era sempre feita pelo lado interior, para limitar a possibilidade de sermos vistos a partir do exterior. Uma coisa era sermos apanhados pelos Oficiais ou "Vigilas", outra - grave! - era sermos vistos no telhado por pessoas estranhas ao Colégio.

Dizia-me há dias um camarada de aventura (com o qual concordo): "eu não tinha medo de ser apanhado, tinha era medo de cair dali abaixo!" De facto, isso justifica porque é que "rastejávamos" pelo telhado, em vez de andar ou gatinhar... Uma coisa é fazer umas acções fora do comum, para ter umas histórias "para contar aos netos", outra é correr riscos desnecessários, e nestas acções ninguém tinha vergonha de demonstrar apego à vida fazendo todos os movimentos com muito cuidado. O único risco que corríamos era mesmo o de sermos punidos, e nisso a sorte protegeu-nos.

Fotografados: 207/78, 357/77 e 401/77.

Continua em Memórias do Baú XXXI - Frases Lapidares.

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